Coping – Terapêuticas de enfermagem na promoção de comportamentos de adesão

Abstract

Introdução: Actualmente os estudos que envolvem a área do autocuidado são primordiais ao nível dos cuidados de saúde, pois permitem compreender e promover a qualidade de vida das pessoas. Neste sentido, o autocuidado abrange não apenas as capacidades necessárias para a realizar as actividades de vida diária, mas também conhecimentos e perícias que as pessoas utilizam na autogestão da sua condição de saúde. Perante uma doença considerada como um evento stressor, a pessoa desenvolve conscientemente um conjunto de estratégias adaptativas, na tentativa de encontrar o equilíbrio perdido. Sendo o coping entendido como um esforço para responder a estímulos internos ou externos que são avaliados como negativos ou desa&antes, o tipo de coping que a pessoa adopta repercute-se nos seus comportamentos de autocuidado, nomeadamente nos comportamentos de adesão e portanto na forma como ela gere a sua situação de saúde/doença. Objectivos: Compreender de que forma é que as estratégias de coping in'uenciam nos comportamentos de adesão ao regime terapêutico; re'ectir sobre o papel do enfermeiro como promotor da adaptação da pessoa à sua condição de saúde e à adesão ao regime terapêutico. Método: Revisão da literatura efectuada através da consulta de livros e pesquisa nas principais bases de dados em saúde (CINAHL e Medline), utilizando as palavras-chave: terapêuticas de enfermagem, coping, estratégias de adaptação; crenças; adesão. A pesquisa foi efectuada em Português e Inglês. Resultados: A literatura sugere que as estratégias de coping focadas no problema, habitualmente denominadas de estratégias activas, estarão relacionadas com maiores níveis de adesão, enquanto que as estratégias focadas na emoção, ou de tipo passivo, estarão normalmente associadas a menores comportamentos de adesão. Conclusão: Sendo o coping e a adesão ao regime terapêutico focos de atenção da prática de enfermagem, o enfermeiro poderá desenvolver, em conjunto com a pessoa, intervenções terapêuticas no sentido de facilitar a sua adaptação à nova condição de saúde, promovendo a adesão, o seu bem-estar e a sua qualidade de vidaIntroduction: Currently, studies that involve the area of self-care are important to the health care, because they allow to understand and promote the quality of life. In this sense, self-care includes not only the skills needed to perform activities of daily living, but also knowledge and skills that people use to self-manage their health condition. Faced with a disease regarded as a stressor event, the person consciously develops a set of adaptive strategies, in an attempt to &nd the lost balance. Coping being understood as an e4ort to respond to internal or external stimuli that are appraised as negative or challenging, the type of coping that the person adopting has repercussions on their self-care behaviors, particularly in compliance behaviors and thus in how it manages its state of health and disease. Objectives: Understand how it is that the coping strategies in'uence the behavior of adherence to therapeutic regimen; re'ect on the role of the nurse as promoter of the adaptation of the person to his health condition and adherence to therapeutic regimen. Method: Literature review conducted by consulting books and research on major health databases (CINAHL e Medline), using the key words: coping, adaptation strategies, beliefs, adherence. 6e research was carried out in Portuguese and English. Results: 6e literature suggests that coping strategies of the kind of active (problem-focused) are related to higher adherence levels, while the more passive type (emotion-focused), are associated with lower adherence behaviors. Conclusion: As coping and adherence to therapeutic regimen focal points of nursing practice, nurses can develop, jointly with the person, therapeutic interventions to facilitate adaptation to new conditions of health, promoting adherence, their well- being and quality of life.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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