Presença de Santo Agostinho no pensamento filosófico português

Abstract

Santo Agostinho é, indiscutivelmente, um dos mestres do Ocidente; ou talvez melhor, se considerarmos o seu lugar histórico na génese da cultura europeia, diríamos que é ele o preceptor da Europa, o Mestre dessa criação humana a que chamamos mundo ocidental.A primeira ilustração do Socratismo cristão na nossa cultura medieval constitui uma indelével marca augustiniana que aparece com Santo António de Lisboa.Primeira, sem dúvida, pois foi o Santo aquele que, antes de qualquer outro português, grangeou projecção universal. Enquadrado dentro da moldura do primeiro século da nacionalidade lusitana, Santo António, o mais importante autor da pré-escolástica franciscana, reflectirá no essencial as directrizes do saber adquirido nos mosteiros portugueses de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho em Lisboa e em Coimbra.Santo Agostinho é um dos seus mestres, não apenas por ser patrono da Ordem dos Cónegos Regrantes, em que primeiro ingressou e que o tinha por luzeiro supremo, mas em especial, pelo «humanismo religioso» do mestre, que o discípulo tão profundamente apreciou e absorveu

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