Vigilância acústica dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional

Abstract

Portugal exerce jurisdição sobre o maior espaço marítimo atlântico da Europa, numa área geográfica de articulação intercontinental, por onde passam algumas das mais importantes rotas marítimas. Neste vasto espaço oceânico devem existir garantias de segurança e condições para exercer a autoridade do Estado, sendo necessário possuir capacidade de vigilância para adquirir, processar, integrar e partilhar informação com o objetivo de monitorizar, detetar e atuar perante situações anómalas. Algumas das vulnerabilidades identificadas na vigilância dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional advêm da inexistência de um sistema de vigilância acústico que permita melhorar a capacidade de deteção de submarinos em imersão e de navios, a autonomia e a redundância com os sistemas de vigilância marítima existentes. O estudo da edificação de um sistema de vigilância acústica para os espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional baseou-se numa análise Benefícios-Oportunidades- Custos-Riscos. A edificação deste sistema deve ser faseada, considerando diversos tipos de plataforma e os sensores tecnologicamente mais adequados, numa perspetiva de desenvolvimento crescente e sustentado, garantindo a interoperabilidade com os sistemas de vigilância existentes e orientada de acordo com as linhas de ação para a edificação do Conhecimento Situacional Marítimo definidas e implementadas pela Marinha. Abstract: Portugal has jurisdiction over the largest Atlantic maritime area in Europe, in a geographical area of intercontinental articulation, crossed by some of the most important sea routes. In this vast ocean space, there must be a guarantee of security and state authority, requiring maritime surveillance to acquire, process, integrate and share information, in order to monitor, detect and act in case of anomalous situations. Some of the vulnerabilities identified in the surveillance of maritime areas under national sovereignty or jurisdiction arise from the lack of an acoustic surveillance system to improve the detection of submarines and ships, as well as autonomy and redundancy with existing maritime surveillance systems. A Benefits-Opportunities-Costs-Risks analysis was applied to the problem of building an acoustic surveillance capability for marine areas under national sovereignty or jurisdiction. The edification of this system should be on a step-by-step plan, considering different types of platforms and the most technologically suitable sensors, in order to increase its sustained development and ensure interoperability with existing surveillance systems, under the guidelines already in use by the Navy for the edification of a more resilient Maritime Situational Awareness.N/

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