Origens e Emprego Operacional

Abstract

A primeira Esquadrilha de Submersíveis tornou-se realidade na Marinha no ano de 1917. No entanto, no passado longínquo, existiu o interesse em construir um meio aquático que navegasse discreto debaixo de água. A ideia foi sedimentada e no século XIX, foram canalizados esforços por vários países na ânsia de criarem um submarino. No século seguinte, o mundo veio a conhecer o valor da arma submarina e o seu contributo para afirmação do poder militar no mundo. Em Portugal, dois oficiais de Marinha percursores da arma submarina, Fontes Pereira de Melo e Valente da Cruz, mostraram o seu valor com os seus projetos. Contudo, nenhum deles viria a ter o sucesso desejado, de ver os seus projetos aceites para construção. Começado o século XX, o país mostrou-se relutante em adquirir a arma submarina, pois havia quem defendesse que seria prematuro adquirir uma arma que ainda não tinha dado provas concretas. Por outro lado, reforçava-se a opinião da necessidade de defender a costa portuguesa incidindo na proteção do porto de Lisboa com recurso a um submarino. Decorridos dez anos após o início do século XX, Portugal ficou no registo dos primeiros países do mundo a adquirir um submersível, que veio a ser construído em Itália. Este passo foi decisivo para o desenvolvimento da Marinha de Guerra Portuguesa, pois o sucesso operacional do primeiro submersível português, o Espadarte, potenciou a decisão da encomenda de mais três unidades deste tipo. Assim, se iniciava na Marinha portuguesa uma nova esquadrilha, composta por quatro submersíveis: Espadarte, Foca, Golfinho e Hidra. A primeira Esquadrilha de Submersíveis, contribuiu de forma significativa para a defesa de Portugal, tanto na defesa da costa, durante a Grande Guerra, como através da criação de uma verdadeira escola de submarinistas em Portugal, património que vem até aos nossos dias, sendo valor acrescentado que se constitui como vetor fulcral de treino da esquadra de superfície para a luta anti-submarina.The first Portuguese submersible fleet became a reality in the year of 1917. However, the interest in a subaquatic mean of navigation already existed for some time. The idea became a reality and in the 19th century several countries began their efforts in the development of a submarine. However, it was only during the following century, that the world saw the submarine growing to the first rank, as a capital ship. In Portugal, two Navy officers and precursors of the submarine weapon, Fontes Pereira de Melo and Valente da Cruz, shown their value with their projects. However, none of them had succeeded in passing the projects into construction. In the beginning of the 20th century, Portugal shown reluctance in acquiring the submarine weapon, because there were some people who thought that it was premature to acquire a weapon that hadn’t shown evidence of its value. By the other hand, there were some experts who believed that the Portuguese coast should be protected by a submarine, especially Lisbon. Ten years after the beginning of the 20th century, Portugal became one of the first countries to acquire a submersible which was built in Italy. This step was important for the rest of the Portuguese Navy fleet. The first submersible, Espadarte, revealed a significant operational result, and this fact made possible the acquisition of three more submarines of its kind. And so, a new squadron, composed by four submersibles, operated intensely from then on, in the Portuguese navy: Espadarte, Foca, Golfinho and Hidra. The first submersible squadroon was employed by Portugal in the defense of it’s coast, with significant contributes during the Great War, becoming a cornerstone for the foundation of a full school for submariners, as well as for the training of anti-submarine warfare towards the whole Portuguese fleet

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