Um modelo de gestão em rede

Abstract

O Exército Português possui um vasto, rico, diversificado e multidisciplinar património museológico, de abrangência territorial nacional e internacional. A sua estrutura organizacional, diversa legislação de suporte e missão refletem a preocupação de preservar a memória militar, essencialmente na perspetiva histórica. Desde a enorme dimensão e valor das coleções do Museu Militar de Lisboa, até à mais pequena e humilde Coleção Militar Visitável de uma certa Unidade, Estabelecimento e Órgão, há, inequivocamente, um denominador comum: conservar os diferentes testemunhos e ações militares, de âmbito local, regional, nacional e internacional. Mas, sendo condição necessária, “conservar” não é suficiente para se verificar o cumprimento de requisitos museológicos e museográficos, que são exigidos por lei e normas internas. Perante esse enquadramento e associado à perceção de existirem insuficiências de diversa ordem no panorama museológico do Exército Português, era determinante avaliar e caracterizar a sua realidade para se propor um novo modelo de gestão e de funcionamento mais eficiente e superiormente articulado. Assim, em 2004, recorreu-se ao método do questionário para a recolha de dados e procedeu-se a diversas visitas e entrevistas como forma complementar daquele método e contribuir desse modo para uma caracterização mais verdadeira. Os resultados obtidos viriam a confirmar a necessidade, importância e urgência em agir de forma a ser implementada no Exército Português uma estrutura em rede de Museus Militares e de Coleções Militares Visitáveis, escorada nas TIC, aberta a outros museus ou coleções visitáveis – quer no plano nacional quer no plano internacional – e dotada de recursos – humanos, materiais, financeiros e informáticos – adequados para viabilizar um projeto de natureza complexa e diversificada, de dimensão variável e organizada funcionalmente. A proposta de 2005 foi formulada de modo a cumprir dois critérios: – Descentralização (territorial, de recursos humanos e materiais, temática dos Museus Militares e das Coleções Militares Visitáveis); – Centralização na gestão integrada (bens museológicos, recursos humanos, materiais, financeiros e informáticos). E foi assim que se estabeleceram algumas linhas orientadoras e identificaram- se condicionamentos à implementação da nova rede de museus para o Exército. Após sete anos, importa atualizar dados e proceder a um diagnóstico qualitativo ao seu panorama museológico, ora reforçando algumas dessas linhas orientadoras, ora apontando novas linhas para correção de algumas desconformidades detetadas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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