A formação em enfermagem contribui para o desenvolvimento de competências
cognitivas e técnicas, mas também relacionais que possam ser transferíveis para o
contexto de trabalho pelo que se deve privilegiar a formação em serviço como forma
de manter actualizados, aprofundar e desenvolver os conhecimentos adquiridos.
Faz parte do descritivo de funções do enfermeiro e consta dos seus princípios
orientadores da prática, a constante actualização através da formação. (ver OE ….)
Identificada a irregular e reduzida formação interna que ocorre no serviço (obrigatória
ou não), a par de identificação de lacunas em temas fulcrais, foi implementada no
serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca E.P.E. múltiplas estratégias de
intervenção que visem o desenvolvimento profissional dos enfermeiros e auxiliares de
acção médica através do aumento da formação na sua globalidade. A diversas
estratégias preconizadas consistem na contabilização das horas de formação como
horas de serviço, inscrição dos formandos para as formações com disponibilização do
dia expresso em horário, possibilidade de negociação de objectivos para as avaliações
de desempenho anuais, existência de um cronograma anual, de um Manual do
Formador como guia orientador à prática formativa, abordagem de diferentes áreas
focado nas necessidades de serviço e também no interesse individual, com
apresentações frequentes e que abranja todos os profissionais, formações semanais
de curta duração a decorrer em passagem de turno, formações mensais de uma hora
em sala de formação, trabalhos disponibilizados a toda a equipa.
Esta etapa formativa decorreu ao longo de todo o ano de 2014, cabendo em fase
posterior, a sua análise e avaliação, com base em indicadores de formação em serviço,
como sendo indicadores de execução como a taxa de número de horas de formação e
taxa de número de acções de formação, acrescida da avaliação de satisfação individual
dos participantes e suas opiniões face às estratégias implementadas, através da
realização de questionários aos mesmos. Acresce a avaliação da variação de adesão à
formação não obrigatória face às formações disponibilizadas, comparativamente com
as obrigatórias realizadas face à totalidade de formação obrigatórias. A análise dos referidos dados, revelam-nos uma percentagem significativa de acções
de formação ocorridas, assim como elevado número de horas formativas, pelo que
sugere um método eficaz de acção.
Uma análise preliminar revela satisfação e interesse equiparados às taxas formativas.
Daqui se poderá depreender que o conjunto de estratégias implementadas veio ao
encontro dos objectivos estabelecidos.
Cabe, em fase posterior, a análise do impacto formativo na melhoria das práticas,
eventualmente com base em indicadores adequados a cada formação,
complementada com os dados trimestrais das auditorias aos cuidados de enfermagem
do HFF