autocuidado desde o momento antecipatório à construção da fistula arteriovenosa

Abstract

Mestrado, Enfermagem Médico-cirúrgica, Nefrologia, 2016, Escola Superior de Enfermagem de LisboaO crescimento da doença renal crónica em Portugal é superior à média dos países Europeus, assim como os doentes que necessitam de tratamento substitutivo da função renal. Esta doença ao longo dos últimos anos tem adquirido grandes proporções, transportando consigo um grande peso em termos de sofrimento humano e custos financeiros. O diagnóstico precoce da doença renal e um acompanhamento terapêutico apropriado pode atrasar ou mesmo cessar a progressão da doença, reduzindo o sofrimento da pessoa e os custos financeiros associados. O autocuidado tem sido reconhecido como um recurso para a promoção da saúde e gestão dos processos saúde-doença. Orem (1995), defende que todos os seres humanos têm o potencial para cuidar de si ou dos elementos do seu grupo, e que a enfermagem deve centrar-se na capacitação desse autocuidado. Petronilho (2012), acrescenta ainda que o autocuidado representa uma base teórica para as intervenções educacionais, cognitivas e comportamentais, envolvendo o planeamento de atividades de aprendizagem que preparam as pessoas, munindo-as de conhecimentos no momento da tomada de decisão, decorrente das alterações, ao longo do ciclo vital. Com base neste pressuposto, foi elaborado o presente relatório de estágio, desenvolvido no âmbito da unidade curricular Estágio com Relatório, do 6º Curso de Pós Licenciatura em Enfermagem Médico-cirúrgica, Vertente Nefrológica, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. O presente relatório reflete o percurso efetuado ao longo dos ensinos clínicos, no desenvolvimento de competências de enfermeira especialista. Sendo reservado um capítulo para a investigação desenvolvida neste percurso. Dada a problemática da DRC e a importância que a fistula arteriovenosa representa para estes doentes, e acreditando que o enfermeiro durante a fase de tratamento conservador pode proporcionar o desenvolvimento e a implementação de práticas que preservem o património vascular dos doentes, foi desenvolvido este estudo com o intuito de avaliar a prevalência do autocuidado em relação à preservação da rede vascular antes da construção da FAV, na pessoa com DRCT. Do estudo emergiram dados que mostram uma baixa taxa de indivíduos que adoptam comportamentos de autocuidado na vi preservação da sua rede vascular, demostrando que há uma grande necessidade de começarmos a trabalhar estes doentes não só num estádio terminal, mas sim, num estádio 2/3 da DRC

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