A existência e proliferação de rankings internacionais
de medição de performances governamentais
não é um acaso. São modelos supostamente
objectivos para decidir da alocação de
recursos e também da avaliação do poder. Quando
Joseph Nye sistematizou a distinção entre
soft e hard power, chamou-nos a atenção que
qualquer dos tipos de poder pode ser trabalhado
mediante fórmulas, construídas por indicadores
extraídos de rankings internacionais.
Na perspectiva do hard power existem numerosos
e bem conhecidos indicadores económicos,
como sejam o PNB, a capitação, a balança comercial.
De igual modo a inventariação de recursos
de força militar (military capabilities) tem
clássicos exemplos. Propomo-nos aqui construir
e explorar uma fórmula do soft power, assente
em indicadores credíveis, e contendo variáveis
suficientemente fundamentadas e flexíveis.
Atendendo à importância crescente dos rankings
– que são utilizados como as novas ideologias –
este é um componente essencial para transmitir
uma imagem do poder nacional, mediante uma
avaliação objectiva