A relação de ajuda, enquanto ferramenta de intervenção privilegiada no trabalho
psicossocial, remete-nos para o desenvolvimento de uma relação centrada na
pessoa, que a valorize e ajude a desenvolver competências que lhe permitam
empoderar-se e emancipar-se. O início de uma relação de ajuda poderá
determinar o rumo da intervenção sendo, portanto, fundamental que o
profissional reflita sobre o seu papel, o papel do outro, da relação e do contexto
de intervenção. O artigo em apreço procura, através da análise de um caso,
refletir sobre as especificidades de uma relação de ajuda na sua fase inicial,
nomeadamente, as especificidades dos primeiros encontros, a explicação da
intervenção a realizar, a aliança terapêutica e os processos de vinculação e de
separação-individuação no desenvolvimento da relação de ajuda. O caso
apresentado aconteceu entre uma profissional de um serviço de Rendimento
Social de Inserção e um adulto que vivia só e com graves carências aos mais
variados níveis. A intervenção foi realizada no domicílio do sujeito, assim como no
quotidiano institucional. A postura evidenciada pela profissional nos primeiros
contactos potenciou o desenvolvimento de uma relação de confiança, a qual
permitiu que o sujeitoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio