Endoscopic and surgical management of anastomotic leakages following gastroesophageal cancer surgery: a systematic review and meta-analysis

Abstract

Contexto e objetivos: As deiscências anastomóticas (DA) são uma das complicações pós-operatórias mais temidas da cirurgia gastroesofágica. As DA podem ser tratadas com recurso a métodos conservadores, endoscópicos (como terapêutica endoscópica por vácuo e colocação de próteses) ou cirúrgicos, mas a melhor abordagem ainda é controversa. O objetivo da nossa meta-análise foi a comparação a) entre intervenções endoscópicas e cirúrgicas e b) entre diferentes tratamentos endoscópicos para a DA após cirurgia oncológica gastroesofágica. Métodos: Revisão sistemática e meta-análise, com pesquisa em 3 bases de dados online (MEDLINE, ISI Web of Knowledge e Scopus) de estudos que avaliassem tratamentos cirúrgicos e endoscópicos da DA após cirurgia oncológica gastroesofágica. Resultados: Um total de 32 estudos englobando 1080 pacientes foram incluídos. Comparativamente à intervenção cirúrgica, a terapêutica endoscópica associou-se a uma menor mortalidade intra-hospitalar (35.8% [95% CI 23.9-48.5%] versus 6.4% [95% CI 3.8-9.6%]), apesar do sucesso clínico, duração do internamento hospitalar e duração do internamento na unidade de cuidados intensivos (UCI) ser semelhante em ambos os grupos. Comparativamente às próteses endoscópicas, a terapêutica endoscópica por vácuo associou-se a uma menor taxa de complicações (OR 0.348 [95% CI 0.127-0.954]) e uma menor duração do internamento na UCI (diferença média -14.77 dias [95% CI -26.57 to -2.98]) e do tempo até resolução da DA (17.6 dias [95% CI 14.1-21.2] versus 39.4 days [95% CI 27.0-51.8]). Não houve diferenças significativas em termos de sucesso clínico, mortalidade, reintervenções e duração do internamento hospitalar. Conclusões: O tratamento endoscópico (em comparação com a intervenção cirúrgica) e a terapêutica endoscópica por vácuo (em comparação com as próteses endoscópicas) são mais seguros e efetivos. Porém, estudos comparativos mais robustos são necessários para confirmar estes benefícios.Background and objectives: Anastomotic leakage (AL) is one of the most feared postoperative complications of gastroesophageal surgery. AL can be managed by conservative, endoscopic (such as endoscopic vacuum therapy and stenting) or surgical methods, but optimal treatment remains controversial. The aim of our meta-analysis was to compare a) endoscopic and surgical interventions and b) different endoscopic treatments for AL following gastroesophageal cancer surgery. Methods: Systematic review and meta-analysis, with search in three on-line databases (MEDLINE, ISI Web of Knowledge and Scopus) for studies evaluating surgical and endoscopic treatments for AL following gastroesophageal cancer surgery. Results: A total of 32 studies comprising 1080 patients were included. Compared with surgical intervention, endoscopic treatment was associated with lower in-hospital mortality (35.8% [95% CI 23.9-48.5%] versus 6.4% [95% CI 3.8-9.6%]), although clinical success, hospital length of stay and intensive care unit (ICU) length of stay were similar in both groups. Compared with stenting, endoscopic vacuum therapy was associated with a lower rate of complications (OR 0.348 [95% CI 0.127-0.954]) and shorter ICU length of stay (mean difference -14.77 days [95% CI -26.57 to -2.98]) and time until AL resolution (17.6 days [95% CI 14.1-21.2] versus 39.4 days [95% CI 27.0-51.8]). There were no significant differences in terms of clinical success, mortality, reinterventions, and hospital length of stay. Conclusions: Endoscopic treatment (in comparison to surgical intervention) and endoscopic vacuum therapy (in comparison to stenting) are safer and more effective. However, more robust comparative studies are needed to confirm these benefits

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