The Portuguese Trail Runner. Musculoskeletal Injuries. Morphologic, Physiologic and Neuromuscular Profile

Abstract

O objetivo do presente trabalho foi o de caraterizar os atletas masculinos de trail running portugueses através de conjunto de parâmetros epidemiológicos, morfológicos, fisiológicos e neurofuncionais. Foram realizados dois estudos transversais, organizados em cinco artigos. O primeiro estudo, teve uma abordagem epidemiológica retrospetiva (12 meses). A amostra foi composta por 403 atletas de TR. Os resultados do artigo 1 revelaram que 72,7% dos atletas tiveram uma lesão musculoesquelética e o nível participativo, influenciou a severidade da lesão, a taxa de lesão e interferiu com a necessidade de parar de correr/treinar pelo menos um dia. A maioria lesões reportadas nas extremidades inferiores localizaram-se nos tornozelos/pés e nos joelhos (artigo 2). Foram identificados como potenciais determinantes de lesão significativa das extremidades inferiores o IMC, o volume de treino semanal e o treino regular em montanha. O segundo estudo, recorreu a uma amostra por conveniência composta por 44 corredores de ultra-trail (UTR) e teve como objetivo traçar um perfil descritivo multidimensional. O artigo 3, realçou que o UTR nacional (UTR-N) apresenta uma menor massa gorda. A avaliação das vias metabólicas (artigo 4) realçou que os UTR-N obtiveram um melhor desempenho aeróbio. Por último (artigo 5), pretendeu avaliar o perfil isocinético dos músculos da articulação do joelho dos UTR e compará-los com 28 atletas de diferentes desportos. A exigência do trabalho excêntrico dos flexores do joelho no UTR, pode explicar os maiores rácios funcionais de extensão e o equilíbrio das razões de força agonista e antagonista. Conclui-se o nível de participação dos atletas de TR pode implicar diferenças na severidade das lesões, na composição corporal e nos valores de aptidão aeróbia. A exigência do trabalho excêntrico dos flexores do joelho, podem explicar os maiores rácios funcionais de extensão, e o equilíbrio das reações de força agonista e antagonista. Palavras-Chave: TRAIL RUNNING, EPIDEMIOLOGIA, LESÕES MUSCULO-ESQUELÉTICAS, COMPOSIÇÃO CORPORAL, PERFIL FISIOLÓGICO, FORÇA MUSCULAR E RÁCIOS ISOCINÉTICOS.The objective of the present work was to characterize Portuguese male trail runners in a set of epidemiological, morphological, physiological, and neurofunctional parameters. Two cross-sectional studies were performed, organized in five articles. The first study used a retrospective epidemiological approach (12 months). The sample was composed of 403 trail runners. The results revealed that 72.7% of the athletes had a musculoskeletal injury, and their participative level influenced the severity of the injury (Article 1). The majority of injuries reported in the lower extremities were located in the ankles/feet and knees (Article 2). Body mass index, weekly training volume, and regular mountain training were identified as potential determinants of significant lower extremity injuries. The second study used a convenience sample composed of 44 ultra-trail runners (RTU) and aimed to draw a multidimensional descriptive profile. Article 3 emphasized that the national RTUs (RTU-N) have a lower fat mass. The evaluation of metabolic pathways (Article 4) highlighted that the RTU-Ns obtained a better aerobic performance. Finally, the author evaluated the isokinetic profile of the knee joint muscles of RTUs and compare them with 28 athletes from different sports (Article 5). The demand of the eccentric work of the knee flexors in RTUs may explain the higher functional extension ratios and the balance of the agonist and antagonist force ratios. The author concluded that the level of participation of regional trail runners may imply differences in the severity of injuries, body composition, and aerobic fitness values. The demand of the eccentric work of the knee flexors can explain the greater functional ratios of extension as well as the balance of the agonist and antagonist force reactions

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