O presente estudo pretende adaptar a Escala de Solidão no Trabalho (Wright, Burt,& Strongman, 2006) à população portuguesa, bem como determinar se existe validadeconvergente entre a solidão no trabalho, satisfação no trabalho e solidão e, ainda,investigar se as variáveis de satisfação no trabalho são preditoras das componentes daEscala de Solidão no Trabalho. Foi realizado um questionário online ao qual responderam172 trabalhadores a tempo inteiro. Para adaptar a Escala de Solidão no Trabalho foirealizada uma análise fatorial exploratória. Todas as variáveis foram correlacionadas,com o objetivo de verificar a sua validade convergente. Foram feitas regressões linearesmúltiplas para determinar se as variáveis da satisfação no trabalho predizem as subescalasprivação emocional e companheirismo social. A Escala de Solidão no Trabalhoapresentou resultados satisfatórios de fiabilidade. Os níveis de validade convergenteforam expressivos entre todas as variáveis e as componentes da Escala de Solidão noTrabalho. A privação emocional foi predita pelas variáveis de satisfação no trabalho,enquanto que a predição do companheirismo social foi apenas parcialmente confirmadapelas mesmas. Concluiu-se que a versão adaptada da Escala de Solidão no Trabalho medede forma fiável e válida a solidão no contexto de trabalho para a população portuguesa