Ana Aguiar

Cristina Queirós

Iolanda Braga Pereira

Jorge Silva

Paula Fortuna

Pedro Almeida

Repositório Aberto da Universidade do Porto

VOCE: IDENTIFICAÇÃO DO STRESS E ANSIEDADE NA VOZ  Ana Aguiar1,2, Iolanda Braga Pereira3,4, Jorge Silva5, Paula Fortuna2,  Cristina Queirós3,4 & Pedro Almeida6  1. Enquadramento Teórico 2. Metodologia 4. Conclusões A comunicação oral é vital na vida em sociedade e em situações de stress a voz pode revelar estados emocionais que o emissor não consegue controlar ou estão associados a certas patologias (Dietrich et al., 2012; Muthusamy et al., 2015). Numa época em que para determinadas profissões a imagem pública, postura e segurança são associadas a credibilidade, o stress na voz pode induzir a interpretações erradas dá mensagem que se pretende transmitir.  Descreve-se o projeto VOCE – “Treino de voz para reduzir o stress” (Aguiar et al., 2013, 2014; Julião et al., 2015) e apresentam-se dados preliminares relativos ao stress/ansiedade e à resposta cardíaca. Participantes: Foram testados 43 estudantes da Universidade do Porto, de cursos variados de mestrado integrado e de ambos os sexos, que deram o seu consentimento informado para participar no estudo. Instrumentos: O registo do ritmo cardíaco foi efetuado através do ZephirHxM (Pereira et al., 2015) e o stress/ansiedade foi avaliado através do STAI estado (Spielberger et al., 1970; adaptado para Portugal por  Ponciano et al., 2005), com 20 itens avaliados de 1 a 4 (respetivamente “de modo nenhum” a “muito”).  Procedimento: Durante 90-120 segundos, os estudantes aceitaram voluntariamente ler um texto neutro (baseline) e 24h depois repetiram a leitura 30m antes de uma apresentação académica (experiência), registando o ritmo cardíaco através do ZephirHxM, precedido do preenchimento do STAI estado.  Análise dados: Utilizou-se o SPSS 21 para análise comparativa intra-sujeito e correlacional. Foi calculado o somatório final para o STAI e no que se refere à resposta cardíaca foram considerados a variabilidade do ritmo cardíaco e o valor médio do ritmo cardíaco durante cada evento (baseline ou experiência) como indicadores de stress fisiológico. 1 Instituto de Telecomunicações, Porto, Portugal 2 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal 3 Laboratório de Reabilitação Psicossocial (FPCEUP/ESTSPIPP), Porto, Portugal 4 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Portugal 5 Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Portugal 6 Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Portugal anaa@fe.up.pt        iolandapereira@live.com            cqueiros@fpce.up.pt Os resultados deste estudo exploratório entre variáveis psicológicas e fisiológicas são ainda pouco expressivos mas o VOCE já testou a metodologia em condutores de autocarro (Rodrigues et al., 2015) e efetua agora o reconhecimento emocional de segmentos de voz em apresentações reais. Os resultados obtidos serão úteis para desenvolver métodos e algoritmos que permitem a classificação de stress na voz em tempo real, tentando dar um feedback contínuo ao orador e melhorar as suas capacidades de comunicação. 5. Bibliografia - Aguiar, A., Kaiseler, M., Cunha, M., Julião, M., Meinedo, H. & Almeida, P.R. (2014). VOCE Corpus: Ecologically Collected Speech Annotated with Physiological and Psychological Stress Assessments. Paper at Language Resources and Evaluation Conference, 26-31 May, Reykjavik, Iceland. In http://www.lrec-conf.org/proceedings/lrec2014/index.html  - Aguiar, A., Kaiseler, M., Meinedo, H., Abrudan, T. & Almeida, P.R. (2013). Speech Stress Assessment using Physiological and Psychological Measures. Paper at 2nd ACM Workshop on Mobile Systems for Computational Social Science at Ubicomp 2013, 9 September, Zurich, Switzerland. - Dietrich, M., Andreatta, R.D., Jiang, Y., Joshi, A., & Stemple, J.C. (2012). Preliminary findings on the relation between the personality trait of stress reaction and the central neural control of human vocalization. International Journal of Speech-Language Pathology, 14(4), 377-389. - Julião, M., Silva, J., Aguiar, A., Moniz, H. & Batista, F. (2015). Speech Features for Discriminating Stress Using Branch and Bound Wrapper Search. Paper at Symposium on Languages, Applications and Technologies (SLATE'15). 19 June, Los Angeles, EUA,. - Muthusamy, H., Polat, K., & Yaacob, S. (2015). Particle Swarm Optimization Based Feature Enhancement and Feature Selection for Improved Emotion Recognition in Speech and Glottal Signals. Plos ONE, 10(3), 1-20. doi:10.1371/journal.pone.0120344 - Pereira, T., Moreira, R., Almeida, P.R., Cunha, J.P. & Aguiar, A. (2015). Fine Grained Stress Assessment in Ecological Conditions. In Proceedings of the 37th Annual International Conference of the IEEE Engineering in Medicine and Biology Society (EMBS), Milano, Italy. In https://www.researchgate.net/publication/282353561_Fine_Grained_Stress - Ponciano, E., Loureiro, L., Pereira, A., & Spielberger, C. (2005). Características psicométricas e estrutura factorial do STAI de Spielberger em estudantes universitários. In A.S. Pereira & E.D. Motta (Eds.), Actas do Congresso Nacional Accão Social e Aconselhamento Psicológico no Ensino Superior: Investigação e Intervenção (p. 315-322). Coimbra: SASUC Edições. - Rodrigues, J. G.P., Kaiseler, M., Aguiar, A., Cunha, J.P.S. & Barros, J. (2015). A Mobile Sensing Approach to Stress Detection and Memory Activation for Public Bus Drivers. JIEEE Transactions on Intelligent Transportation Systems. DOI:10.1109/TITS.2015.2445314 - Spielberger C. D., Gorsuch, R. L. & Lushene, R. D. (1970). STAI: manual for the State – Trait Anxiety Inventory. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press. 3. Resultados Foi comparado intra-sujeito o nível de ansiedade e a resposta cardíaca na baseline e experiência, existindo apenas diferenças na ansiedade, maior na situação de experiência (Tabela 1). As correlações apenas são significativas na experiência, entre ansiedade e variabilidade do ritmo cardíaco, e entre ritmo cardíaco e variabilidade na Baseline (Tabela2). 

VOCE: identificação do stress e ansiedade na voz

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