Análise biocinética do iodo-131 e dosimetria citogenética em pacientes, após administração do radionuclídeo para o tratamento de câncer de tireóide

Abstract

Pacientes apresentando câncer de tireoide, são submetidos à administração oral de iodo -131 para a eliminação de tecido tireoidiano remanescente, após a realização de tireoidectomia subtotal. A atividade média administrada para este tratamento é de 3,7 GBq (dose para ablação), ocorrendo significante irradiação dos tecidos do corpo. Contudo, existem poucas informações conclusivas na literatura especializada a respeito da dose absorvida por estes pacientes. A partir dessas informações foi dado inicio a um estudo de acompanhamento do comportamento metabólico do radioiodo no organismo de quatro pacientes, através das medidas de sua atividade no corpo inteiro, na tireoide e nas amostras de urina e sangue. Foi realizada também a estimativa da dose absorvida pelos pacientes devido à contribuição da radiação gama do radionuclídeo, através da análise de aberrações cromossômica radioinduzidas em linfócitos. Os resultados deste acompanhamento sugerem que grande parte do tecido tireoidiano remanescente é eliminado até o dia após a dose para ablação e, a partir de então, o iodo-131 encontra-se distribuído de maneira quase que uniforme pelo corpo dos pacientes. A retenção do idodo-131 no corpo, após os dez primeiros dias pode ser representada matematicamente pela soma de dois termos exponenciais: o primeiro, com uma meia-vida biológica aproximadamente igual a 3 dias (meia-vida efetiva = 2,3 dias) e o segundo, com uma meia-vida biológica aproximadamente igual a 26 dias (meia-vida efetiva = 6,2 dias). A dose absorvida estimada através da dosimetria citogenética a partir da média das frequências observadas em 3 pacientes, após a administração da dose para a ablação, variou entre, aproximadamente, 0,3 e 0,4 Gy

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