O modelo de 3.ª geração de Dunst (2000) valoriza o papel dos pais no
desenvolvimento social, cognitivo e emocional dos filhos, que se reflete no bem-estar
da família (Cruz & Ducharne, 2006). Estando as famílias que têm filhos com
deficiência sujeitas a elevado stresse, importa promover a sua competência a fim de
conseguirem interpretar as suas necessidades e mobilizar os recursos formais e
informais necessários para as satisfazer.
Baumrind (1991) comprovou empiricamente a influência dos estilos e das
competências parentais no desenvolvimento dos filhos e Dunst (2013) relacionou-os
com a competência parental percebida.
O projeto Oficinas de Pais, desenvolvido em Portugal pela Associação Pais em Rede
(março 2011- outubro 2014), visa a capacitação dos pais de pessoas com
perturbações neurodesenvolvimentais para que sejam capazes de gerir o projeto de
inclusão dos seus filhos. Este está estruturado em 3 módulos sequenciais: Apoio
Emocional (GAE); Corresponsabilização (COR); Pais Prestadores de Ajuda (PPA).
Para avaliar a eficácia das Oficinas utilizaram-se questionários e entrevistas
presenciais: 494 pais (dos 547 que participaram nos GAE) preencheram 2 escalas de
auto-avaliação de suporte social e rede de apoio (Dunst et al, 1988) imediatamente
antes e depois do GAE; Dos 145 pais que participaram nos COR, temos respostas
válidas de 102 pais relativas à auto-competência parental percebida, antes e depois
deste módulo.
Serão apresentados os dados destes instrumentos, no global, por idade e patologia
do filho.info:eu-repo/semantics/publishedVersio