Motivação académica: Suas relações com o autoconceito; género e desempenho académico

Abstract

Segundo a teoria da autodeterminação os alunos podem estar intrinsecamente ou extrinsecamente motivados para realizar as tarefas escolares. Referem os autores que, embora originalmente motivados extrinsecamente, os alunos podem evoluir e vir a experimentar sentimentos de autonomia e melhorar a sua persistência na realização das atividades. Este processo tem sido associado, entre outros, ao autoconceito e desempenho académicos. O presente estudo pretende analisar em que medida os diferentes níveis de regulação para a aprendizagem (intrínseca, identificada, introjetada e externa) estão relacionados com o autoconceito académico, a autoestima, o ano de escolaridade, o género e o desempenho académico. Para o efeito participaram 454 alunos do distrito de Lisboa, a frequentar o 3º ciclo de escolaridade, dos quais 201 pertenciam ao género feminino. Para avaliar a regulação para a aprendizagem foi aplicada a Escala de Auto Regulação Académica “Porque é que eu faço as coisas?”, uma escala para avaliar o autoconceito académico (matemática e língua materna) e uma escala de autoestima. O desempenho académico foi avaliado atendendo à existência ou não de reprovações. Os resultados obtidos sugerem a existência de correlações positivas e significativas entre os níveis de regulação para a aprendizagem mais intrínseca, o auto conceito académico e a autoestima. Constataram-se, ainda, efeitos das variáveis género, ano de escolaridade e desempenho académico nos níveis de regulação para a aprendizagem.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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