A verticalidade no trabalho de parto e o controlo da dor

Abstract

A Organização Mundial de Saúde, com o intuito de orientar a conduta dos profissionais, em 1996, divulga um modelo assistencial “Care in normal birth”, no qual (segundo a utilidade, a eficácia e o risco) classificou as práticas na assistência ao parto normal em quatro categorias. A primeira, considerada como a que reúne as práticas demonstradas como úteis e que deveriam ser estimuladas, incluiu a liberdade de movimentos e o estímulo para a adoção de posições verticais durante o trabalho de parto e realça a sua importância como estratégias não farmacológicas para o alívio da dor durante o trabalho de parto. No percurso desenvolvido, a promoção da adoção de posições verticais no primeiro estádio de trabalho de parto como estratégia não farmacológica para o controlo da dor foi selecionada como o foco da aprendizagem e a Teoria do Cuidado Humano de Jean Watson foi eleita como referencial teórico. O relatório que apresento surge como instrumento de descrição, análise, e reflexão, do percurso de aquisição e desenvolvimento de competências específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia que decorreu no âmbito do desenvolvimento da unidade curricular, estágio com relatório do 6º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Como estratégia para a identificação e mobilização da evidência científica sobre o tema, realizei uma revisão de literatura, tendo como ponto de partida uma questão elaborada segundo a mnemónica PICO do Joanna Briggs Institute: “Qual a efetividade da adoção de posições verticais, como estratégia de controlo da dor da parturiente durante o primeiro estádio do trabalho de parto?”. A revisão efetuada realça que o fato das parturientes se manterem em posições verticais, movendo-se e mudando de posição durante o primeiro estádio do trabalho de parto, contribui significativamente para uma redução dos níveis de dor

    Similar works