Desafios na referenciação para intervenção psicológica em doentes em cuidados paliativos na perspetiva dos médicos

Abstract

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo conhecer quais os principais desafios no cuidado aos doentes com doença avançada progressiva e seus familiares, valorizados pelos médicos da equipa de Cuidados Paliativos e que aspetos estão a privilegiar quando tomam a decisão de fazer o encaminhamento para intervenção psicológica. Método: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a cinco médicos que constituem uma equipa de cuidados paliativos. A análise de conteúdo foi orientada pelos princípios da Grounded Theory e recorreu ao Software Nvivo11. Resultados: Os participantes identificaram a dependência e a perda do sentido da vida como os principais desafios no cuidado ao doente. Relativamente, aos desafios da família, foi reconhecida a conspiração do silêncio. O tempo disponível para acompanhar o doente e a dificuldade em colaborar com outros profissionais de saúde de outras especialidades foram privilegiados como os principais desafios dos médicos. Quanto aos recursos específicos da equipa para dar resposta a estes desafios, os médicos valorizaram o trabalho em equipa, a comunicação e o facto de a equipa ser interdisciplinar.Objective: This study was aimed to know which were the main challenges in the care of patients with advanced progressive disease and their relatives, valued by doctors of the palliative care team and which aspects they are taking more into consideration when the decision to refer the patient to psychological intervention is made. Method: Various semi-structured interviews were made to five doctors from a palliative care team. The content analysis was guided by the principles of Grounded Theory and the Nvivo11 was the software chosen. Results: The participants, named the dependency and the loss of the meaning of life as the main challenges to the patient. Familywise, it was acknowledged the conspiracy of silence. The short amount of time to accompany the patient and the difficulty to collaborate with other health professionals from different specialities, were the focus of challenge for the doctors. As for the specific resources available for the team to answer those problems, the doctors valued teamwork, communication and the fact that they are an interdisciplinary team. All the participants had difficulties in pointing out specific roles for the individuals within the team

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