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A mulher no fim da idade média na obra de Fernando Rojas

Abstract

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016La Celestina, obra de Fernando Rojas, transita em uma encruzilhada de gêneros, períodos e problemas e segue a tradição da comedia latina de Plauto e Terencio. Foi escrita, segundo a crítica, não para ser representada, mas sim para ser lida. A primeira edição de 1499, em Burgos, com 16 atos, recebeu o título de Comedia de Calisto y Melibea, e a segunda edição, recebe o nome de Tragicomedia de Calisto y Melibea e apresenta 21 atos. Dada, porém, a pujança da alcoviteira Celestina, que, ao promover o encontro dos amores de Calisto e Melibea, desencadeia o fim trágico de diversas personagens, a peça será mais conhecida como La Celestina. O tema da alcoviteira acaba por criar um subgênero e dá origem às inúmeras produções que a ela se ligam e são conhecidas como obras celestinescas. Neste trabalho analisarseão, ainda, outros temas: as traições, as intrigas, a ganância e o amor como força total que se unirá com a morte – resultado de desmedidas sensualidades, eixo temático fundamental de La Celestina. O amor é descontrolado e, como a imagem do oroboro, união do princípio e do fim, terá a morte. Será também motivo de exame a vida social das mulheres do final do século XV, e a relação que se estabelece entre essas mulheres com as forças instituídas, observandose a reprovação da sociedade em diferentes aspectos (moralsatírico e de caráter). Entre os estudos em que nos apoiamos estão, principalmente, os realizados por Menéndez Pelayo, Julio Cejador, Francisco López Estrada, Johan Huizinga e José Antonio Maravall.UNILA­-UNIOEST

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