Efeitos da terapia com fotobiomodulação em parâmetros fisiológicos, eletromiográficos e de desempenho na corrida

Abstract

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2018.A terapia com fotobiomodulação (PBMT) tem sido utilizada comorecurso ergogênico para postergar a ocorrência da fadiga muscular emdiversos modos de exercícios. Apesar de sua ampla utilização, oconhecimento da dose ideal para atingir efeitos positivos na corrida,ainda são incertos. A presente tese teve como objetivo avaliar o efeito daaplicação prévia da PBMT em parâmetros fisiológicos,eletromiográficos e de desempenho de corridas com testes submáximos,máximos e simuladas em campo. Para isso, três estudos foramdelineados. Trinta e oito corredores recreacionais do sexo masculinoparticiparam dos estudos caracterizados como randomizado, duplo-cegoe placebo-controlado, sendo 18 nos estudos 1 e 2 (efeito da doserespostada PBMT no desempenho de corrida em teste submáximos emáximos no laboratório), e 20 no estudo 3 (efeito da PBMT na corridade 1500 m). No estudo 1 os participantes realizaram um teste de corridasubmáximo (nas velocidades de 8 e 9 km·h-1) e um teste incrementalmáximo até a exaustão em cinco visitas ao laboratório com diferentestratamentos: controle, placebo e PBMT com 15, 30 e 60 J por ponto deaplicação. Já no estudo 2, foram utilizadas apenas as variáveiseletromiográficas durante o teste de corrida submáximo (8 e 9 km·h-1).O estudo 3 foi dividido em quatro sessões: 1) teste incremental máximona esteira; 2) corrida de 1500 m na condição controle (sem aplicação daPBMT ou placebo); 3 e 4) corrida de 1500 m com aplicação da PBMTou placebo (randomizados). Com relação a aplicação da PBMT ouplacebo, nos estudos 1 e 2, imediatamente antes dos testes de corridadiferentes dosagens da PBMT (15, 30 e 60 J por ponto, assim 28 pontostotalizando 420, 840 e 1680 J, respectivamente) foram aplicadas.Enquanto que no estudo 3, apenas a dose de 30 J por ponto (28 pontoscom dose total de 840 J) foi aplicada antes da corrida. Em todos osestudos o efeito positivo da PBMT foi considerado quando superior acondição placebo. Assim, nos estudos 1 e 2, a PBMT com 15 J porponto melhorou a economia de corrida (EC) na velocidade de 9 km·h-1(2,98%), economia neuromuscular na velocidade de 8 e 9 km·h-1 (5,86%e 16,80%, respectivamente), percepção subjetiva de esforço (PSE) navelocidade de 8 km·h-1 (4,80%), pico de velocidade (PV 1,33%) etempo total de exaustão (TTE) no teste incremental (3,06%). A PBMTcom dose de 30 J por ponto melhorou a EC nas velocidades de 8 e 9km·h-1 (3,01% e 3,03%, respectivamente), economia neuromuscular navelocidade de 9 km·h-1 (7,56%), PSE na velocidade de 8 km·h-1 (7,86%),velocidade associada ao consumo máximo de oxigênio (vVO2MÁX 3,07%), PV (1,49%) e TTE (3,41%). Já a PBMT com dose de 60 J porponto melhorou apenas a EC e economia neuromuscular na velocidadede 9 km·h-1 (3,87% e 10,33%, respectivamente). No estudo 3, a PBMTnão melhorou o tempo total da corrida simulada de 1500 m. Por outrolado, considerando a resposta individual, 12 corredores responderampositivamente à PBMT (redução do tempo em pelo menos 1 segundo naprova em comparação ao placebo), e foram considerados responsivos.Os corredores responsivos a PBMT apresentaram melhores parâmetrosaeróbios em comparação aos não responsivos a PBMT. Em conclusão, aPBMT com dose de 30 J por ponto é a mais efetiva para aprimorar odesempenho em corridas dentro do laboratório com ambientecontrolado. No entanto, na corrida de 1500 m em campo, a efetividadePBMT com dose de 30 J por ponto parece estar associada com o nívelde condicionamento aeróbio no corredor irradiado.Abstract : Photobiomodulation therapy (PBMT) had been used as ergogenic aid to delay the onset of muscular fatigue in several exercises modes.However, the knowledge about ideal dose to reach positive effects in therunning remains unclear. The aim of present study was to verify theeffect of PBMT applied before running tests on physiological,electromyography (EMG), and performance during running submaximaland maximal protocols, and field test. Thus, three studies weredeveloped. Thirty eight male recreational runners participate in arandomized, double-blind, and placebo-controlled trial, which 18participated of studies 1 and 2 (PBMT dose-response effects on runningperformance during submaximal and maximal protocols), and 20participated of study 3 (PBMT effects on time trial run over 1,500 m). Inthe study 1, the participants performed a submaximal (8 e 9 km·h-1) andmaximal protocols, in five conditions: control, placebo, and PBMT withdoses of 15, 30 and 60 J per site. The EMG variables duringsubmaximal protocol (8 e 9 km·h-1) were used in the study 2. The study3 was divided in four sessions: 1) incremental maximal running test; 2)1,500 m run control (without PBMT or placebo); 3 and 4) PBMT orplacebo before 1,500 m run (randomized). In the studies 1 and 2, PBMTor placebo were applied immediately before running tests, with differentdosages (15, 30 and 60 J per site, 28 sites with total dose of 420, 840and 1680 J, respectively). While in the study 3, only the PBMT with 30J per site (total dose of 840 J) was applied before 1,500 m run. Allstudies the positive effect of PBMT was considered when comparingwith placebo condition. Therefore, in the studies 1 and 2, PBMT with 15J per site improved running economy (RE) at 9 km·h-1 (2.98%),neuromuscular economy at 8 and 9 km·h-1 (5.86% and 16.80%,respectively), rate of perceived exertion (RPE) at 8 km·h-1 (4.80%), peakof velocity (PV) (1.33%), and total time to exhaustion (TTE) (3.06%).PBMT with 30 J per site improved RE at 8 and 9 km·h-1 (3.01% and3.03%, respectively), neuromuscular economy at 9 km·h-1 (7.56%), RPEat 8 km·h-1 (7.86%), velocity at VO2MAX (3.07%), PV (1.49%), and TTE(3.41%). PBMT with 60 J only improved RE and neuromusculareconomy at 9 km·h-1 (3.87% and 10.33%, respectively). In the study 3,PBMT did not improve the total time trial run over 1,500 m. On theother hand, according to individual responsiveness analysis, 12 runnerspositively responded to PBMT (rerduction of 1 seg in comparison toplacebo), and they were considered responders. Responders presentedbetter aerobic parameters in comparison with non-responders. Inconclusion, PBMT with dose of 30 J per site is the most effective toimprove the running performance in laboratory-controlled environment.However, the effectiveness of PBMT with 30 J per site on 1,500 m in anoncontrolled environment seems be related with aerobic conditioninglevel of runner

    Similar works