Mercados municipais : estruturas decadentes ou polos de animação

Abstract

Presentes em praticamente todo o território nacional, os Mercados Municipais são geralmente reconhecidos como estruturas tradicionais de comércio retalhista de proximidade, funcionando como posto de abastecimento das populações. Estes espaços apresentaram também ao longo dos tempos uma vertente socioeconómica, cultural e urbana muito forte, revelando-se como uma mais-valia para a evolução e dinamização dos centros dos aglomerados em que se inserem, sejam eles de cariz urbano ou rural. Apesar disso, os Mercados Municipais têm perdido algum destaque como lugar de sucesso, se comparado com o que acontecia noutros tempos. Por esse motivo, defende-se que tais estruturas precisam de ser reinterpretadas, preservadas e animadas, sendo esse o caminho a seguir na ótica da Reabilitação Urbana. Só assim se podem manter como relevantes e, desse modo, projetarem-se para o futuro. A resposta à pergunta base que está na origem deste trabalho (“Mercados Municipais: Estruturas decadentes ou polos de animação?”) começa por uma resenha histórica sobre a origem e evolução do Mercado ao longo dos tempos, debruçando-se depois sobre a caracterização e principais funções de referência dos Mercados Municipais no quotidiano. Uma análise sobre os cenários possíveis de evolução e as hipóteses de desenvolvimento futuro concluem num conjunto de formas possíveis de intervenção de modo a garantir que os Mercados se reinventem e garantam a sua continuidade. E, deste modo, continuarem a ser também polos dinamizadores das comunidades. Para ilustrar a importância deste equipamento coletivo na vida e identidade da comunidade, é desenvolvido um estudo sobre o Mercado de Febres, localizado no centro da vila de Febres, situado no concelho de Cantanhede

    Similar works