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Próteses metálicas auto-expansíveis na paliação da obstrução gastroduodenal maligna: a experiência de 5 anos de um serviço de gastrenterologia

Abstract

Introdução e Objetivos A obstrução gastroduodenal maligna em doentes com tumores avançados causa morbilidade significativa. A colocação de próteses metálicas auto-expansíveis é um procedimento endoscópico paliativo alternativo à cirurgia, eficaz, com baixa taxa de complicações e menor morbilidade associada. O sucesso clínico pode ser avaliado pelo Gastric Outlet Obstruction Score (GOOS) e está descrito como sendo >60%. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do procedimento, a prevalência de reestenose e a sobrevida. Material Estudo retrospetivo em doentes consecutivos com obstrução gastroduodenal maligna submetidos a colocação de prótese metálica auto-expansível não coberta entre Janeiro/2012 e Dezembro/2016. Avaliou-se o sucesso técnico e a sobrevida e considerou-se sucesso clínico se GOOS≥1. Análise estatística realizada com IBM ® SPSS ® Statistics V24. Sumário dos Resultados Incluíram-se 31 doentes, 58% do sexo masculino, com média de idade de 71±14 anos. Os tipos de tumores mais frequentes foram adenocarcinoma gástrico (52%, n=16) e pancreático (32%, n=10). As localizações mais frequentes de obstrução foram o piloro (55%, n=17) e o bulbo (26%, n=8). O sucesso técnico foi de 100%, não tendo ocorrido complicações relacionadas com o procedimento. A eficácia clínica foi 94% (GOOS≥1). 71% dos doentes tiveram score GOOS≥2, ou seja, tolerância a dieta mole ou geral. O tempo médio até ao início da dieta oral após o procedimento foi de 34,9 horas. O tempo médio de internamento foi de 20±10 dias. Em 6 doentes (19%) houve reestenose, resolvida com a colocação bem sucedida de 2ª prótese. Em nenhum desses casos houve necessidade de intervenção cirúrgica. A sobrevida média após o procedimento foi de 56± 69 dias. Conclusões Na nossa série concluímos que a colocação de prótese metálica auto-expansível é um método paliativo seguro e eficaz na obstrução gastroduodenal maligna, permitindo alimentação por via oral na maioria dos doentes (94% com score GOOS ≥1), com uma taxa de reestenose relativamente baixa e tratada endoscopicamente.N/

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