Educación, estética y metamorfosis pedagógicas.

Abstract

Versamos sobre um projeto de extensão que busca qualificar processos pedagógicos no fazer docente, oportunizando espaços de crescimento, criação, prazer, auto e heteropercepção de contextos físicos, sociais, sensíveis e artísticos, além de redefinir concepções pedagógicas, cognitivas e existenciais. Ao fruir e interagir com processos de arte, essa, na dimensão constitutiva do humano, passa de área de conhecimento a evento configurador de sentidos e, nessa perspectiva, proporciona transformações, reavaliação de escolhas, abertura a novas possibilidades e olhares. O real não se deixa apreender, é inseparável da existência e, ao se aproximar da (des)ordem, dionisíaca, na forma da criação, desnaturaliza o olhar, bagunça referências, predispondo à abertura ao mundo. A (des)ordem, criadora, integra e confere um lugar às coisas, e sua ética garante um princípio vital dinâmico que anima o social, assegurando o retorno de uma ordem nova, atravessada pela metamorfose. O processo, dialógico, tenta garantir a diversidade, a pluralidade, um ressignificar do ensinar/aprender. É desenvolvido por docentes e alunos de uma universidade federal com 75 educandas de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social e se estrutura em três momentos interligados: um processo formativo, uma oficina e uma avaliação com expressões variadas dos participantes e memórias dos acontecidos. Como resultado, temos observado uma compreensão alargada da teoria, da prática, da criação, da Arte e uma formação mais qualificada, atravessada pela sensibilidade. A imersão na Arte em seus processos, materiais, ações, eventos, etc. tem permitido transfigurar atos, fatos, realidades, posturas, a partir de dados do sensível e do inteligível, constituindo uma Metamorfose Pedagógica. Essa, autorreferente, proporciona a emergência de um espírito criador, crítico, irreverente, incerto, inconstante, ruidoso e mutante, mantendo aberta a possibilidade de transmutação, de metamorfose, decorrente do contato com a criação. Esse processo, em sua complexidade, tem, na experiência estética, a tarefa de instaurar uma cognição específica, que resgata o prazer da estesia e de um olhar mais humanizador

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