The dependence between logic and morality in Boécio: a study on topical inferences in the consolation of philosophy.

Abstract

Boethius was recognized as an authority on logic. The medieval logic was developed until the XII century through his translations and commentaries. Given his historical context and his Neoplatonic sympathies, we believe the positions defended or accepted by the author in such writings were not abandoned for the writing of the Consolation of Philosophy. It seems Boethius argues not only to produce theoretical content which agrees with the position that appears in his writings; he shows appreciation for philosophy as a practice. More than that, in his last work, the philosopher doesn’t discuss logic on itself, but rather as a practical tool without which is necessary for the contemplation of truth. In fact, Boethius seems to argue that without that the very contemplation of truth would be possible only by chance. The objective of this study is to point out that Boethius’ last text seems to rely on logical considerations, thus, assuming some familiarity with his previous writings as the author expects knowledge of what he means by logic. As he uses Topical reasoning to develop his argument and considering his influences as well as the way those influences alter his Aristotelian reading, we argue that, in order, to recognize the logic in Consolation, one must consider his other treatises. We argue, too, that the logic in his last work is presented in harmony with moral issues in such a way it can’t be isolated from it without ignoring some of his arguments. We believe the author himself does not favor a thematic separation and, if so, by isolating the logic in his last work, some of its contents and depth would be lost. Having established the purpose of discussing the relationship of dependency between logic and practical philosophy in the Consolation of Philosophy, we would consider specific examples in such work in order to show how the use of concepts and interpretations, discussed throughout this research work, could be found in Boethius’s most important treatise. Through a comparison of influences, we seek to establish what the author considered as logic and, from that, we hope to make clear how it is used in the Consolation.Sem bolsaBoécio foi uma reconhecida autoridade em lógica. A lógica medieval se desenvolveu, até o século XII, principalmente através de suas traduções e comentários. Dado seu contexto histórico e suas tendências neoplatônicas, acreditamos que os posicionamentos defendidos ou aceitos pelo autor em tais tratados não foram abandonados para a redação da Consolação da Filosofia. Parece ser o caso que Boécio não argumenta apenas para produzir conteúdo teórico, o que condiz com certa apreciação pela filosofia enquanto prática que aparece em seus escritos. Mais do que isso, em sua última obra, o filósofo não discute a lógica por si mesma, mas, sim, como ferramenta prática e cuja utilização é necessária para a contemplação da verdade. De fato, Boécio parece argumentar que sem o uso dela a própria contemplação da verdade seria possível apenas pelo acaso. O objetivo do presente trabalho é apontar que o último texto de Boécio parece apoiar-se em suas considerações lógicas e, assim, pressupor certa familiaridade com seus escritos anteriores, uma vez que o autor assume conhecimento do que ele entende por lógica. Na medida em que utiliza raciocínios tópicos para desenvolver sua argumentação e, considerando suas influências bem como o modo como tais influências alteram sua leitura aristotélica, argumentamos que, a fim de reconhecer a lógica presente na Consolação, é preciso considerar seus outros escritos. Argumentamos, também, que a lógica em sua última obra é apresentada em harmonia com questões morais, de modo que não deve ser isolada sob risco de que parte da argumentação seja ignorada. Acreditamos que o próprio autor não parece favorecer uma separação temática e, se esse fosse o caso, ao isolar a lógica em sua última obra, se estaria perdendo algo do conteúdo e profundidade do texto. Tendo estabelecido o propósito de discutir a relação de dependência entre lógica e filosofia prática que percebemos na Consolação da Filosofia, consideraremos exemplos específicos em tal obra, a fim de apontar como a aplicação das concepções e intepretações discutidas ao longo do presente trabalho poderiam ser encontradas no último e mais importante tratado de Boécio. Por meio de uma comparação de influências, procuraremos estabelecer o que o autor aceita como lógica e, a partir disso, esperamos tornar claro como a disciplina é utilizada na Consolação

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