Dissertação de Mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia Clínica e da Saúde - Psicologia Clínica Dinâmica), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2021Objetivo: O objetivo desta investigação foi compreender de que forma é que o laço
vinculativo estabelecido da mãe para o bebé durante o momento pré-natal pode
influenciar as representações mentais que a mãe constrói do seu bebé durante a
gravidez. Amostra: A amostra deste estudo é constituída por 65 mulheres grávidas, em
qualquer trimestre de gravidez, que possuem domínio escrito e oral da língua
portuguesa. Instrumentos: Questionário Sociodemográfico e Clínico, Escala de
Vinculação Pré-Natal Materna (Condon, 1993, adaptação portuguesa de Camarneiro &
Justo, 2007, 2010), Escala de Motivação para a Comunicação Pré-Natal (Graça &
Martins, 2018, adaptação para toda a gravidez de Mariana Pais Jorge, 2020), Inventário
de Perceção Materna da Intersubjetividade do Bebé na Relação Precoce (Carrulo, 2013,
adaptação para o momento pré-natal de Mariana Pais Jorge, 2020). Hipóteses: Hipótese
Geral 1: A vinculação pré-natal materna dá um contributo significativo para explicar a
variância estatística da motivação para a comunicação pré-natal; Hipótese Geral 2: A
vinculação pré-natal materna dá um contributo significativo para explicar a variância
estatística da perceção materna pré-natal da intersubjetividade do bebé. Resultados:
Confirmou-se o papel explicativo da vinculação pré-natal materna na motivação para a
comunicação pré-natal, no entanto, a vinculação pré-natal materna não oferece um
contributo significativo para a explicação da perceção materna pré-natal da
intersubjetividade do bebé. Conclusão: A vinculação da mãe ao bebé no momento pré-
natal possui influência sobre as representações mentais que a grávida tem acerca do seu
bebé in útero. No entanto, as representações que a gestante possui acerca do bebé que
imagina dentro do seu ventre evidenciaram-se como distintas das representações que a
mesma detém acerca do bebé que imagina após o seu nascimento.Goal: The aim of this investigation was to understand how the prenatal maternal
attachment is able to influence the mental representations that the mother has about her
baby during gestation. Sample: The sample of this study was comprised of pregnant
women (N = 65), during any trimester of the pregnancy, that could both speak and
understand the Portuguese language. Instruments: Four questionaries were applied, the
Sociodemographic and Clinical Questionnaire, the Maternal Prenatal Attachment Scale
(Condon, 1993, portuguese adaptation by Camarneiro & Justo, 2007, 2010), the
Motivation to Prenatal Communication Scale (Graça & Martins, 2018, adaptation to the
entire pregnancy by Mariana Pais Jorge, 2020) and the Inventory about the Maternal
Perception of the Infant’s Intersubjectivity (Carrulo, 2013, adaptation to the prenatal
period by Mariana Pais Jorge, 2020). Hypotheses: General Hypothesis 1: Maternal
prenatal attachment offers a significant contribution to the explanation of the statistical
variance of motivation to prenatal communication. General Hypothesis 2: Maternal
prenatal attachment offers a significant contribution to the explanation of the statistical
variance of the maternal prenatal perception of the infant’s intersubjectivity. Results:
Maternal prenatal attachment plays an important role in explaining the motivation for
prenatal communication. However, maternal prenatal attachment does not offer a
significant contribution to the explanation of the maternal perception of the infant’s
intersubjectivity. Conclusion: The attachment established between mother and infant
during the prenatal moment has an influence in the mental representations that the
mother has about her baby during her pregnancy. Nonetheless, the representations that
the pregnant woman has about the baby that she imagines inside her womb have shown
to be very different from the representations that she has about the infant that she
imagines after his birth