Estratégias de racionalidade terapêutica; Indicadores, Limitações e Perspetivas

Abstract

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019A saúde é definida como um valor coletivo, um bem de todos. Através do presente enquadramento, a racionalidade terapêutica apresenta-se como uma qualidade ou estado de sensatez, assente em evidência científica e justiça social, que aloca a terapia certa ao doente certo. Determinar a otimização para o comportamento racional na saúde, exige uma compreensão das políticas de saúde muito abrangente. Através da descrição do ciclo do medicamento e da análise dos seus end-points de controlo de qualidade no que respeita à racionalidade, identificam-se limitações e perspetivas. Mais especificamente a prescrição, pressupõe um trabalho paralelo, sonegado, cuja importância é extrema. E é essa componente o foco de desenvolvimento no Capítulo I. Do ponto de vista macro, importa perceber que concomitantemente à prescrição e integrada na mesma fase do ciclo do medicamento, existe a “Seleção de Medicamentos” preconizada por diferentes entidades e a vários níveis. Este conceito será alvo de análise dos seus contributos para a racionalidade terapêutica através da observação de alguns indicadores. À semelhança o ato da dispensa é a visão particular dentro do ciclo do medicamento. A visão holística será o “Acesso” já que sem acessibilidade adequada a racionalidade terapêutica não pode ser alcançada. Ao retratar as diferentes parcelas que constituem a acessibilidade ao medicamento no capítulo II, e novamente através de indicadores congruentes, intenta-se a análise de como estas contribuem para a racionalidade terapêutica. Em virtude, somente após extensa e laboriosa caracterização do ciclo do medicamento, são concebidos os indicadores referentes tanto à seleção como ao acesso que mais se revelam portadores de informação congruente. Cada indicador, inerente aos três âmbitos; Psicossocial, Financeiro e Jurídico logra de uma reflexão disposta com clareza. Destaco ainda a pertinência da inclusão de como os serviços de saúde e a sua otimização e inerentemente, o uso do medicamento se relacionam com a perceção do valor da saúde.Health is defined as a collective value, a good for all. Through this framework, therapeutic rationality is presented as a quality or state of wisdom, based on scientific evidence and social justice, that designate the right therapy for the right patient. Set optimization for rational behavior in health requires a very hard understanding of health policies. By describing the drug cycle and analyzing quality control end-points for rationality, some limitations and perspectives are identified. More specifically, medical prescription leads to another subject whose importance is extreme. And this component is the focus of development in Chapter I. From the macro point of view, it is important to realize that prescription is integrated in the same phase of the drug cycle, as the “Selection of Medicines” and its various levels. This concept will be the subject of analysis through the observation of some indicators. Similarly, the act of setting drugs available is the particular view within the drug cycle. The holistic view will be “Access” since without adequate accessibility, therapeutic rationality couldn’t be achieved. The portraying of the different portions that constitute accessibility will figured in chapter II, and the intention is to analyze how they contribute to therapeutic rationality. Only after extensive and laborious characterization of the drug cycle, and the respective indicators is possible to figure out wich are the most congruente. Each indicator is included in three scopes; Psychosocial, Financial, and Legal. Also, is importante to highlight the relevance of including how health services and their optimization are related to the perception of health value

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