Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019A contrafação está presente em todos os produtos cuja comercialização gere lucro. Enquanto que em determinados produtos o dano é maioritariamente económico, a falsificação na área farmacêutica é também uma forte ameaça à saúde pública. Os países desenvolvidos são os menos afetados, mas nem estes escapam aos medicamentos e dispositivos falsos. A falta de acessibilidade aos produtos farmacêuticos aliada à falta de controlo parece ser o que mais propele a atividade criminosa em países menos desenvolvidos, a internet é o fator que mais fragiliza os países desenvolvidos como Portugal. Seja em que país for, quanto menos informada e consciencializada estiver a população para esta epidemia, mais suscetível vai estar ao comércio de medicamentos contrafeitos. No sentido de proteger a população europeia, existem várias iniciativas para contrariar o comércio de falsificados, enfatizando o logótipo comum e a diretiva dos medicamentos falsificados. Na introdução refere-se a dimensão e o impacto da fraude, exploram-se iniciativas e tecnologias utilizadas contra o crime em questão, assim como falhas e incongruências das mesmas que podem diminuir a sua eficácia e utilidade. Comparam-se as diferentes definições de “medicamento falsificado” e clarifica-se a utilização dos termos “falso”, “falsificado” e “contrafeito”. Este trabalho de campo pretende explorar a informação sobre medidas em saúde que chega aos portugueses, principalmente a futuros profissionais de saúde e utentes das farmácias portuguesas. O inquérito realizado obteve 301 respostas, nas quais se constata que 63,8% dos inquiridos nunca tinha ouvido falar da diretiva do medicamento falsificado, ainda que 56,5% dos inquiridos fossem estudantes ou profissionais numa área em saúde. Conclui-se que Portugal carece de campanhas de sensibilização para o problema e de consciencialização para as medidas implementadas, que se reflete no conhecimento parco da amostra inquirida, não apenas sobre a diretiva europeia, mas também sobre a segurança do percurso legal do medicamento.Counterfeiting is present in all products whose marketing generates profit. While in some products the damage is mostly economic, counterfeiting in the pharmaceutical area is also a strong threat to public health. Developed countries are the least affected, but neither do they escape counterfeit medicines and devices. The lack of accessibility to pharmaceutical products coupled with the lack of control seems to be what most promotes criminal activity in less developed countries, the internet is the most debilitating factor in developed countries such as Portugal. In every country, the less informed and aware the population is for this epidemic, the more susceptible it will be to trading counterfeit drugs. In order to protect the European population, there are several initiatives to counteract counterfeit trade, emphasizing the common logo and counterfeit medicines directive. The introduction refers to the scale and impact of the fraud, exploits initiatives and technologies used against the crime in question, as well as flaws and inconsistencies thereof that may diminish its effectiveness and usefulness. The different definitions of "falsified medicinal product" are compared and the use of the terms "false", "falsified" and "counterfeit" is clarified. This field work intends to explore the information on health measures that reaches the Portuguese, especially to future health professionals and users of Portuguese pharmacies. The survey yielded 301 responses, in which 63.8% of the respondents had never heard of the counterfeit drug directive, although 56.5% of the respondents were students or professionals in a health area. It is concluded that Portugal needs awareness-raising campaigns and awareness of the measures implemented, which is reflected in the limited knowledge of the sample surveyed, not only on the European directive, but also on the safety of the legal route of the medicine.Farmácia Combatente