Prognosis constitutes the possible outcomes of a disease and the frequency with which they can be expected to occur. The need for prognostic determination in cardiology may arise from the patient's questioning ("What is going to happen to me?"), or from the cardiologist himself trying to decide on therapy (what should be done with an NYHA class IV patient with congestive heart failure refractory to treatment, if he has a cardiac arrest?), or on screening (what is the clinical evolution of an asymptomatic 5-cm diameter abdominal aortic aneurysm?). Prognosis is also important in making inferences about quality of care, when comparing outcomes in populations from different contexts and institutions. In order to establish an accurate prognosis in a specific patient, one has to examine the clinical evolution of groups of patients with the same disease (stroke, for example), refining this process by inclusion of the patient in specific subgroups defined by, for example, age (young patients fare better than old ones), clinical variables (hemorrhagic versus thrombotic stroke) or existing comorbidities (hypertensive patients have a worse outcome). In this article we discuss the guidelines for critical appraisal of a prognostic study, in terms of the validity, importance and applicability of its results.O prognóstico define-se como o conjunto de resultados (outcomes) possíveis de uma doença e a frequência com que se espera que eles ocorram. A necessidade de utilizar evidência prognóstica surge periodicamente
na prática cardiológica: por vezes, são os próprios doentes que colocam directamente a questão («...o que me vai acontecer?...»); outras é o médico, quer na decisão terapêutica (se o doente tem insuficiência cardíaca congestiva irreversível classe IV NYHA e já não responde à terapêutica, que decisão tomar no caso de uma paragem cardíaca?), quer no rastreio (qual é a evolução de um aneurisma da aorta assintomático com 5 cm de diâmetro?). O prognóstico é ainda importante na avaliação comparativa da qualidade dos cuidados de
saúde prestados em diversos contextos ou instituições. Para o estabelecimento de um correcto prognóstico num doente específico, temos de examinar a evolução clínica de grupos de doentes com a mesma patologia (por exemplo, acidente cerebrovascular), tentando de seguida refinar este processo através da colocação do doente em subgrupos determinados, definidos por grupos etários (os doentes jovens evoluem melhor que os
idosos), por variáveis clínicas (AVC trombótico versus hemorrágico) ou por patologias concomitantes (doentes com hipertensão têm pior evolução), por exemplo. Neste artigo apresentamos as regras de avaliação crítica de um estudo sobre prognóstico, em termos da validade, importância e aplicabilidade prática dos seus resultados.info:eu-repo/semantics/publishedVersio