Enfermeira(o) que atua junto a paciente oncológico em fase terminal precisa saber vivenciar a proximidade da morte, etapa do processo de desenvolvimento do ser, de modo que possa promover cuidados amplos e singulares para amenizar e transformar o processo vital, controlando o sofrimento. O estudo teve como objetivo analisar a percepção de enfermeira(o)s que atuam com pacientes oncológicos em fase terminal e as estratégias de cuidados adotados. Trata-se de pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, desenvolvida em agosto de 2011, com 11 enfermeira(o)s de um hospital de Porto Alegre (RS). Para a coleta dos dados, recorreu-se à entrevista semiestruturada. Identificaram-se duas categorias: sentimentos de enfermeira(o)s diante da terminalidade do paciente oncológico e estratégias de cuidados adotadas. Os resultados apontaram que as/os enfermeira(o)s são sensíveis às situações da terminalidade oncológica; embora possam sentir-se despreparados, buscam valorizar aspectos espirituais e a importância da inserção da família nesse processo. Concluiu-se que o envolvimento emocional de enfermeira(o)s tem repercussão ora positiva, ora negativa, dependendo do contexto abordado