As fraturas da extremidade superior do fémur,
quando surgem em Idosos, representam um sério problema de
saúde pública, causando sofrimento e incapacidades. Assim, o
presente estudo teve por objetivo identificar a incapacidade
funcional causada por esta patologia em idosos e verificar em
que medida as variáveis sociodemográficas, clínicas e
psicossociais interferem nessa incapacidade.
Trata-se de um estudo transversal,
descritivo/correlacional do tipo quantitativo, numa amostra
não probabilística por conveniência, constituída por 60 idosos
do concelho de Viseu com fratura da extremidade superior do
fémur há mais de 6 meses. O instrumento de medida utilizado
integrou um inquérito construído para o efeito, a Escala de
Apgar Familiar e a Escala Modificada.de Barthel.
Os resultados mostraram que 40% dos idosos são
independentes, 21,7% apresentam dependência moderada e
38,3% apresenta dependência severa. Verificámos, ainda, que
os idosos mais novos (p=0,01), casados (p=0,006), com
habilitações literárias superiores (p=0,002), com maiores
rendimentos mensais (p=0,017), com apoio informal
(p=0,003) e com a realização de programas de reabilitação
continuados (p=0,002) eram os que possuíam maior
capacidade funcional. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo
mostram que a incapacidade funcional dos idosos resultantes
das fraturas da extremidade superior do fémur apresenta níveis
diferenciados de dependência e confirma a multiplicidade de
fatores que podem interferir nessa dependência.Fractures of the upper end of the femur, when they
arise in the Elderly, represent a serious public health problem,
causing suffering and high disability. Thus the present study
aimed to identify the functional disability caused by this
disease in the elderly and verify the extent to which
sociodemographic, clinical and psychosocial variables affect
disability.
This is a quantitative, cross-sectional,
descriptive/correlational study, which used a non-probability
sample consisting of 60 elderly from the municipality of Viseu
who had suffered a fracture of the upper end of the femur for
more than 6 months ago. The measuring instrument used was
part of an questionnaire built for this purpose, a Family Apgar
Scale and the Modified Barthel Scale.
The results showed that 40% of older people are
independent, 21.7% had moderate dependence and 38.3% had
severe dependence. We found also that the younger elderly (p
= 0.01), married (p = 0.006), with higher education level (p =
0.002), with higher monthly incomes (p = 0.017), with
informal support (p = 0.003) and conducting ongoing
rehabilitation programs (p = 0.002) were those who had
greater functional capacity
Conclusions: The evidence found in this study
shows that the resulting functional disability of fractures of the
upper end of the femur, in the elderly, has different levels of
dependence and support the multiple factors that can affect
this dependence.info:eu-repo/semantics/publishedVersio