Neste artigo, apresentamos alguns casos de usos políticos da internet por ativistas travestis e transexuais a fim de propiciar um debate mais profundo sobre as implicações das interações sociais mediadas pela tecnologia na produção de regimes alternativos de visibilidade trans. Assim como explorar as operações discursivas e imagéticas usadas nestas interações em relação com as possibilidades de reconhecimento e produção de solidariedade. Para além de usos mais gerais, apresentamos um caso emblemático de ciberativismo, protagonizado pela travesti Amara Moira em seu blog “E se eu fosse puta” e em suas constantes intervenções nas redes sociais da internet, caso este que suscita um debate sobre os usos da internet e os processos de interação social mediados por tecnologia, como também sinalizam o surgimento de uma nova geração de travestis e seus conflitos com ativistas de gerações anteriores. Por fim, buscamos delinear alguns obstáculos e potencialidades do ciberativismo trans como ferramenta na produção de solidariedade e na luta por reconhecimento de travestis, mulheres transexuais e homens trans no Brasil
