A violência doméstica na gravidez incrementa os riscos às mulheres, podendo desencadear parto prematuro. O objetivo desse estudo foi identificar a ocorrência de violência doméstica em mulheres que tiveram parto prematuro. Realizou-se estudo quantitativo, de natureza descritiva, incluindo 100 mulheres com parto prematuro em um hospital de Salvador (BA) entre julho a outubro de 2009. Realizaram-se entrevistas através de formulário com questões abertas e fechadas. A análise dos dados revelou que a maioria eram adultas jovens, negras, de baixa escolaridade, usavam bebida alcoólica, viviam em união consensual, sem renda própria e dependiam financeiramente dos companheiros. A maioria era primigesta, realizou pré-natal e informou aborto em gestações anteriores. Em relação à violência, 27% vivenciou violência doméstica. Percebe-se que a violência no período gestacional ocasiona repercussões na saúde da mulher e no desenvolvimento do concepto diversas vezes culminando na ocorrência do parto prematuro.
