Aurélio de Oliveira Moreira, Marco

Miguel Dias Moreira, Aurélio

Silva Segatto, Mônica

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Especificar a Área do trabalho EAP, FP Alunos de idade avançada e o curso de licenciatura em química: dificuldades e motivações Marco Aurélio de Oliveira Moreira1 (IC)*, Mônica Silva Segatto1 (IC), Aurélio Miguel Dias Moreira2 (IC). *marcoaurelio.conselt@gmail.com 1Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia – Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1D, Santa Mônica, Uberlândia/MG, CEP 38400-902.  2Departamento de Química, Universidade Federal de Goiás – Av. Dr. Lamartine Pinto de Avelar, 1120, Setor Universitário, Catalão/GO CEP: 75704-020.  Palavras-Chave: idade avançada, retomada aos estudos, dificuldades. Introdução O presente trabalho foi realizado por alunos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), junto aos alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG). Teve como ponto de partida investigar as dificuldades encontradas por alunos de idade mais avançada que ingressam no curso de Licenciatura em Química. A idéia do envelhecimento associado especialmente à diminuição das capacidades cognitivas dominou o pensamento científico por muito tempo. Segundo as visões clássicas, o ápice do desenvolvimento intelectual ocorre no início da vida adulta e, depois disso, se silencia a respeito de novas aquisições ou aperfeiçoamentos. Somente na velhice voltam a ocorrer mudanças associadas ao declínio.1 Resultados e Discussão A pesquisa foi realizada com oito alunos da UFG, sendo esta instituição escolhida por apresentar um maior número de ingressantes com idade avançada. A metodologia utilizada para coleta de dados foi aplicação de questionários. Estes exigiam que os participantes relatassem os fatores que os fizeram retomar aos estudos, bem como as dificuldades encontradas.  Os alunos possuem idade entre 35 e 50 anos, e estão afastados dos estudos, em média, há 20 anos (Figura 1). Ao serem questionados sobre o motivo da retomada aos estudos, a maioria relatou que buscam um aperfeiçoamento profissional, uma vez que a posse de um diploma é um fator que vem ganhando uma grande importância no mercado de trabalho.           Figura 1. Representação gráfica da razão entre a idade dos discentes e o tempo afastado dos estudos. Com relação ao motivo de ter escolhido o curso de licenciatura em química, um dos discentes relatou:  “Porque quando fiz química no segundo grau eu não entendia a matéria, e os professores da época não se interessavam em como passar a matéria em nível de compreensão do aluno, por isso quero ser um professor diferente, com aulas de experimentação além das aulas teóricas.” Com relação à fala desse, pode-se evidenciar o domínio da prática do ensino tradicional, segundo Mizukami esse tipo de ensino volta-se para o que é externo ao aluno: o programa, as disciplinas, o professor. O aluno apenas executa prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores.2 É interessante observar a vontade de se mudar essa realidade educacional desses alunos, uma vez que eles já passaram por isso. Sobre as dificuldades encontradas, a maioria dos alunos aponta a falta de didática dos professores, que, por sua maioria, não são licenciados, e sim bacharéis. Em muitas ocasiões estes evitam explicar algum conteúdo, afirmando que o mesmo já foi visto em ensino médio. Nessa condição, os alunos que estão afastados dos estudos sentem uma grande dificuldade, e precisam recorrer a outros meios de aquisição desse conhecimento, já esquecido. De certa maneira, para um professor ser eficaz não lhe basta ter um bom domínio do conteúdo a lecionar; mas também é necessário ter um bom domínio de como ensinar. Conclusões Por fim, conclui-se que, a maior dificuldade encontrada por esses alunos não está no curso escolhido ou em aprender coisas novas, mas referente a limitações ocasionadas por professores que não fazem uso de uma boa didática, desconsiderando seus casos particulares. Agradecimentos Ao Instituto de Química da UFU e à FAPEMIG. ___________________ 1. Buaes, C. S.; Envelhecimento e Educação: em foco a aprendizagem de trabalhadores mais velhos. Estudo Interdisciplinar Envelhecimento, Porto Alegre, v. 6, p. 7-20, 2004. 2. Mizukami, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. 

Alunos de idade avançada e o curso de licenciatura em química: dificuldades e motivações

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