Cordeiro, Guilherme

Curan Turci, Cássia

Lanzilloti, Haydée

M. A. Silva, Ediléa

M. Teixeira, Brunno

S. Garrido, Ivie

S. Moraes, Rafael

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Portal de Periódicos da UFBA

Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Especificar a Área do trabalho (EF) Avaliação de Visitas Guiadas ao Museu Nacional da UFRJ Guilherme Cordeiro1 (PQ)*; Cássia Curan Turci1 (PQ); Haydée Lanzilloti2 (PQ); Brunno M. Teixeira1 (FM); Ediléa M. A. Silva1 (FM); Ivie S. Garrido1 (IC); Rafael S. Moraes1 (IC). 1Instituto de Química - Universidade Federal do Rio de Janeiro 2Instituto de Nutrição – Universidade do Estado do Rio de Janeiro *cordeiro@iq.ufrj.br Palavras-Chave: Educação em Museus; Instrumentos de Avaliação. Introdução Esse trabalho é parte de um projeto que envolveu o planejamento, execução e avaliação de visitas guiadas ao Museu Nacional da UFRJ e contemplou 118 alunos, distribuídos entre o 9o ano fundamental e as 3 séries de nível médio, da rede pública do Rio de Janeiro. A química envolvida nas peças em exposição foi realçada sem menosprezo dos aspectos artísticos, históricos e culturais. Neste trabalho foram analisados os questionários aplicados durante (Q1) e depois (Q2) das visitas os quais forneceram os dados para a avaliação do procedimento adotado1. Desta forma, os objetivos do trabalho são: (i) identificar diferenças nas respostas entre os grupos de alunos; (ii) avaliar os ganhos afetivos e cognitivos e (iii) investigar a consistência interna de Q2. Q1 foi elaborado com base no acervo do museu, abrangendo aspectos químicos, históricos, artísticos e culturais cujas respostas podiam ser encontradas nos textos ou nos vídeos explicativos e Q2 procurou avaliar os ganhos afetivos e cognitivos obtidos com a visita. Parte de Q2 foi elaborada em escala de Likert e teve sua consistência interna avaliada pelo coeficiente alfa (α) de Cronbach. Este coeficiente mede a correlação entre as respostas através da análise do perfil das respostas dadas por cada aluno2. Resultados e Discussão Foi realizado um estudo comparativo entre os 27 alunos de 9o ano (grupo A) e os 24 alunos de 3o ano (grupo B) de nível médio. A porcentagem de respostas corretas obtidas para os grupos A e B de alunos em Q1 são mostradas na Tabela 1. Nesta Tabela foram consideradas as seguintes questões: (i) Qual a temperatura média na Antártica?; (ii) Qual a composição química do meteorito Pará de Minas? e (iii) O que é o natrão? Pode-se observar que, para as questões (i) e (ii), o nível de acertos foi semelhante. Por outro lado, a diferença acentuada na porcentagem de acertos entre os grupos de alunos com relação à questão (iii) foi atribuída ao fato dos alunos do grupo A ainda não estarem familiarizados com conceitos químicos abordados e também às dificuldades em leitura e interpretação dos textos explicativos reveladas durante a visita. Tablela 1 – Porcentagens de acertos em Q1 Questão Grupo A Grupo B (i) 74,1 91,7 (ii) 92,6 95,8 (iii) 25,9 91,7 Os ganhos afetivos e cognitivos foram confirmados a partir dos níveis de concordância (c) apresentados em Q2. Por exemplo, para as assertivas “A visita não trouxe novidade”, c=9,2% enquanto que, para “Me senti estimulado em responder às questões durante a visita”, c=91,1%. A parte de Q2 elaborada em escala de Likert continha 12 assertivas (6 delas compondo a dimensão afetiva e 6 a dimensão cognitiva). Os resultados do cálculo do coeficiente α e do efeito da retirada de itens são mostrados na Tabela 2. Como pode ser verificado, para a escala global, a remoção de 2 itens da escala acarretou num incremento de 4,2% no valor do α. O valor obtido de 0,763 é considerado como aceitável na literatura2. Os valores de α<0,700 para as dimensões afetiva e cognitiva sugerem a necessidade de melhorias no questionário. Estas poderão ser implementadas principalmente buscando uma linguagem que seja mais facilmente compreendida pelos estudantes. Tabela 2: Valores de α gerados no PASW Dimensão α inicial α purificado Incremento (%) Global 0,731 0,763 4,2 Afetiva 0,652 xxx xxx Cognitiva 0,587 0,656 10,5 Conclusões Tendo em vista os resultados apresentados pode-se concluir que: (i) O procedimento e a dinâmica desenvolvidos foram capazes de proporcionar ganhos afetivos e cognitivos aos alunos visitantes; (ii) O menor índice de acertos entre os alunos de 9o ano de ensino fundamental pode estar relacionado ao fato desses alunos ainda não estarem familiarizados com conceitos químicos abordados e também às dificuldades em leitura e interpretação dos textos explicativos reveladas durante a visita; (iii) A consistência interna de Q2 foi considerada aceitável porém a fim de se levar em conta as dimensões afetiva e cognitiva, serão necessárias algumas alterações na formulação das questões. ____________________  1Cordeiro, G. et al; O Museu Nacional da UFRJ como Um Espaço Não-Formal para o Ensino e Aprendizagem de Química: In: VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciência, 2011, Campinas, ABRAPEC. 2Hora, H.; Monteiro, G.T. e Arica, J. Confiabilidade em Questionários: Um Estudo com o Coeficiente Alfa de Cronbach; Prod. & Produção, vol. 11, n. 2, 2010.  

Avaliação de Visitas Guiadas ao Museu Nacional da UFRJ

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