Aparecida de Moraes, Cinara

Cristina Binsfeld, Silvia

Ferreira de Alcântara Verassani, Beatriz

Portuguese

Portal de Periódicos da UFBA

Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012.   TIC Uso de Vídeos como Recurso Alternativo no Ensino de Química Beatriz Ferreira de Alcântara Verassani1* (IC), Cinara Aparecida de Moraes1 (IC), Silvia Cristina Binsfeld1 (PQ). *bia_Verassani@hotmail.com 1. Faculdade de Ciências Integradas do Pontal – Universidade Federal de Uberlândia (FACIP-UFU)  Palavras-Chave: Experimentos, Vídeos, Ensino.  Introdução É nítida a desarticulação entre teoria e prática no ensino de Química, contrastando com opiniões e entendimentos de professores e especialistas da Área. Benite e Benite, (2009, p.2), considerando de extrema importância para o ensino a relação entre teoria e prática, relacionam a teoria com a experimentação, ao expressar que “Uma matriz teórica particular sempre conduz a um experimento”. É quase consensual que a experimentação desperta o interesse dos alunos, além de propiciar um melhor aprendizado. No entanto, vários motivos apontam a não utilização de experimentos nas aulas, entre eles, a falta de laboratório, de equipamentos, a falta de técnico de laboratório, a carga horária excedente do professor, e curtos períodos de aula para a execução de atividade experimental. A utilização de vídeo nas aulas de Química torna-se um importante recurso audiovisual a auxiliar o professor na demonstração de experimentos, na visualização dos experimentos mais complexos e na promoção da aprendizagem, desde que seja utilizada com um objetivo específico e não apenas para entreter o aluno.  Resultados e Discussão O trabalho foi desenvolvido através de consulta a diferentes sites, a fim de averiguar a viabilidade e a qualidade dos mesmos, e por meio da aplicação de um questionário (de cinco questões) a quatro professores de Química (P1, P2, P3 e P4) de duas escolas da rede pública da região do Triângulo Mineiro, visando verificar concepções sobre esse recurso e sua utilização. Os sites consultados foram o Youtube, Pontociência e Portal do Professor. O Youtube foi escolhido devido a sua popularidade, por disponibilizar ampla gama de conteúdos, não vinculados apenas ao ensino. E os outros dois devido a sua utilização em pesquisas no meio acadêmico e escolar. Pode-se observar que apresentam uma variedade de vídeos, para vários conteúdos, os quais podem facilitar o entendimento dos alunos sobre determinados conteúdos químicos. São utilizados como fonte de pesquisa/conhecimento, e também constituem um espaço para discussões de experimentos entre professores, podendo dinamizar as aulas, com informações precisas, numa linguagem simples. Referente ao questionário, três dos professores utilizam vídeos em suas aulas de química e os canais virtuais mais acessados são o Youtube e o Portal do Professor. Ao ser questionado sobre o comportamento dos alunos quando utilizado esse recurso em aula, o professor (P1) afirma: “a maioria dos alunos fica bastante interessada e motivada”. Quando bem planejadas, as aulas experimentais despertam a atenção do aluno “além de propiciar uma situação de investigação. (...) constituem momentos particularmente ricos no processo de ensino-aprendizagem” (DELIZOICOV e ANGOTTI, 1994, p.22). Os professores que utilizam esse tipo de metodologia a consideram “importante para o ensino de alguns conteúdos, a fim de possibilitar a melhor compreensão” (P1); “É uma metodologia válida e interessante desde que usada de forma correta” (P3). Ou seja, o uso do vídeo deve estar relacionado com o ensino-aprendizagem dos conteúdos, com objetivos claros no próprio planejamento do professor. Sobre a disponibilidade desse recurso na escola, há dificuldades de acesso, pois “a escola não possui sala específica para vídeo e, além do mais, tem que marcar horário com antecedência para usá-lo” (P3), devido à escassez de multimídia para um número considerável de professores e turmas de alunos. Conclusões Pode-se concluir que a maioria dos professores investigados considera relevante a utilização deste tipo de ferramenta nas aulas. Segundo Rosa (2000, p.33), “A importância deste tema é bastante grande, uma vez que a sociedade moderna tem no uso da imagem e do som uma de suas principais características”. Salienta-se que, em relação ao uso de vídeos, jogos, aulas diferenciadas, o essencial é o professor saber utilizar as ferramentas e elaborar uma aula que seja de qualidade, que desperte o interesse do aluno e que seja passível de compreensão, favorecendo o ensino e aprendizagem. Diante disso, fica o desafio quanto à otimização/ampliação dos espaços e materiais para exploração adequada dos vídeos na escola. ____________________ BENITE, A. M. C.; BENITE, C. R. M. O Laboratório Didático no Ensino de Química uma Experiência no Ensino Público Brasileiro. Lieroamericana de Educación, 48 (2) 2009, p. 1-10. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A. Metodologia no Ensino de Ciências. 2ª edição.  São Paulo: Cortez, 1994. ROSA, P. R. S. O Uso dos Recursos Audiovisuais e o Ensino de Ciências. Departamento de Física UFMS, Campo Grande MS, 17, 2000, p.33-49. 

Uso de Vídeos como Recurso Alternativo no Ensino de Química

https://periodicos.ufba.br/index.php/anaiseneq2012/article/download/7977/5865

Uso de Vídeos como Recurso Alternativo no Ensino de Química

Abstract

Similar works

Full text

Available Versions

Portal de Periódicos da UFBA