A gestão da dor no trabalho de parto é uma das competências específicas dos enfermeiros
ESMO. Ao longo dos últimos anos, a dor em obstetrícia passou a ser uma
questão de saúde pública, não somente pela necessidade de transformar a experiência
dolorosa ao parir numa experiência positiva, mas pela promessa de controlar a dor
no trabalho de parto que trouxe uma série de riscos e consequências obstétricas. O
objetivo é identificar a experiência dos enfermeiros especialistas em saúde materna e
obstétrica acerca das terapias alternativas à medicação na gestão da dor no trabalho
de parto. Este é um estudo transversal a partir de um questionário semiestruturado a
57 enfermeiros ESMO, que trabalham nos serviços de obstetrícia no Norte de Portugal,
sobre a gestão da dor em obstetrícia. A análise estatística foi realizada pelo programa
Numbers da Mac, versão 5.1. O estudo identificou que 60% dos participantes não possui
formação específica acerca da gestão da dor. Entretanto, 76% referem o uso das
terapias alternativas em mais de 50% das parturientes e 47% consideram a massagem e
técnicas de relaxamento como a sua principal escolha. Por outro lado, sobre as seis técnicas
recomendadas pela Ordem dos Enfermeiros, a maioria dos participantes, além de
não as reconhecer, discorda, em algum momento, da efetividade destas na gestão da
dor. Este estudo aponta para a necessidade de intervenções com vista à melhoria dos
cuidados prestados pelos enfermeiros ESMO, no que respeita às diretrizes globais pela
Humanização, a fim de proporcionar uma experiência de parto positiva.info:eu-repo/semantics/publishedVersio