Heterogeneidade da brotação e da floração do pessegueiro em condições de inverno ameno

Abstract

Mestrado de dupla diplomação com a UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do ParanáO pessegueiro é uma espécie perene de importância econômica no Brasil, contudo nem todas as cultivares estão adaptadas às condições de cultivo brasileiras. As cultivares que melhor se adaptam ao clima subtropical são as que possuem baixa necessidade de frio. Porém, dependendo do local de cultivo, pode haver danos ocasionados por geadas. Este trabalho teve como objetivo estudar a dinâmica da dormência e o estado fisiológico de gemas vegetativas e florais de duas cultivares de pessegueiro em condições de inverno ameno. Ramos mistos (verdascas) das cultivares BRS Kampai e BRS Mandinho foram regularmente amostrados durante a fase de repouso das plantas, em 2017. O estado de dormência das gemas vegetativas foi avaliado pelo teste de uma só gema e das gemas florais pelo teste de Tabuenca. As estacas contendo uma gema foram submetidas a 25 ºC e a 16 horas de luz e 8 horas de escuro por fotoperíodo, até que as gemas atingissem o estádio de ponta verde (PV), para determinar o tempo médio de brotação (TMB). O teste de Tabuenca consistiu em determinar a massa fresca e seca das gemas florais antes e após um período de forçagem de 7 dias a 25 ºC, considerando-se como superação da endodormência o momento distinto das massas secas entre as amostras. A dinâmica da dormência de gemas vegetativas e, consequentemente, a heterogeneidade de brotação está ligada com as oscilações de temperatura que ocorre durante o período de repouso. Inverno ameno induz a endodormência superficial e rápida transição entre endodormência e ecodormência. ‘BRS Kampai’ apresentou heterogeneidade espacial de TMB, que resultou em brotação errática, fato não observado em ‘BRS Mandinho’, cuja brotação foi mais homogénea. Por outro lado, ‘BRS Mandinho’ apresentou maior erratismo de floração, demonstrando que nem sempre cultivares de menor necessidade de frio apresentam maior homogeneidade de floração. O teste de Tabuenca revelou-se novamente satisfatório para identificar o final da endodormência e o início da ecodormência, pela mudança significativa do peso seco do primórdio floral em condição de forçagem

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