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Comparação entre as taxas de cesarianas entre Brasil e Portugal

Abstract

Desde 1985, a comunidade médica internacional considera que a taxa ideal de cesariana seria entre 10% e 15%. Baseada em pesquisas mais recentes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) conclui que taxas de cesarianas superiores a 10% não estão associadas com redução de mortalidade materna e neonatal e que é preciso avaliar critérios específicos para a indicação médica do parto abdominal, já que este tipo de parto pode causar complicações significativas, sendo por vezes permanentes, assim como sequelas ou morte. Diante disto, objetivou-se analisar e comparar o cenário obstétrico no Brasil e em Portugal, referente às taxas de cesarianas apresentadas por estes países. Método: Trata-se de um trabalho descritivo, produzido através de uma revisão da literatura, com colheita de dados nas bases: DATASUS e PORDATA. Resultados: Observou-se um número elevado de cesarianas nos dois países em relação ao que é considerado ideal pela OMS e um crescente aumento desse número ao longo dos anos pesquisados: Brasil (37,22 % em 1999 e 56,74% em 2013); Portugal (26,83% e 35,55% nos mesmos anos). Nota-se que apesar de os dois estarem fora dos parâmetros esperados, a situação do primeiro é ainda mais preocupante. O Ministério da Saúde do Brasil publicou a Portaria n 306, de 28 de março de 2016, sobre este tema, por detetar a necessidade de intervenção para diminuir o que chamam de Epidemia de cesarianas. Conclusão: É fundamental a conscientização de médicos, enfermeiros e demais profissionais sobre as consequências reais da decisão pelo parto cirúrgico.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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