Cristina Binsfeld, Silvia

Felipe Brito, Jennifer

Ferreira Ribeiro, Mariana

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. EX Concepções de Professores do Ensino Médio sobre Atividades Experimentais em Química Jennifer Felipe Brito1* (IC), Mariana Ferreira Ribeiro1 (IC), Silvia Cristina Binsfeld1 (PQ). *jenniferfb@yahoo.com.br 1. Faculdade de Ciências Integradas do Pontal - Universidade Federal de Uberlândia (FACIP-UFU).   Palavras-Chave: Experimentação, Ensino Médio.  Introdução A experimentação no ensino vem sendo discutida em eventos, congressos, no sentido de colocar em evidência esse aspecto essencial no processo de ensino e aprendizagem e na formação de professores. Esta, enquanto parte de um contexto e sendo bem desenvolvida, constitui uma aliada no processo, “por motivar os alunos e facilitar a compreensão dos conteúdos”1. Dessa forma, entre professores do Ensino Médio a experimentação é tida como uma importante ferramenta pedagógica uma vez que “aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas em pauta”2. Com o intuito de verificar algumas concepções de professores sobre o quesito experimentação, aplicou-se um questionário para seis professores de Química (PQ1, PQ2, PQ3, PQ4, PQ5, PQ6) do Ensino Médio, de três escolas da rede pública da região do Triângulo Mineiro, denotando um caráter investigativo. Resultados e Discussão Quando questionados se as aulas experimentais facilitam a compreensão do conteúdo, todos os professores concordaram, ainda que resistam a usar esta ferramenta pedagógica nas suas aulas. Um dos professores relata “Sim. Pois só assim os alunos conseguirão ver na prática o que acontece na teoria e assim poder relacionar” (PQ1). Percebe-se que esse professor tem o entendimento de que o experimento é realizado no sentido de comprovar o que se estudou na teoria e de fazer essa relação. Isso por que na graduação persistem algumas das atividades experimentais com ênfase na comprovação. A articulação entre teoria e prática, os questionamentos/diálogos, e períodos anterior e posterior ao desenvolvimento do experimento são necessários. Os professores realizam a experimentação algumas vezes, quando possível, dependendo do conteúdo em estudo, considerando que “a percepção visual é um ótimo aliado na compreensão, na aprendizagem e no conhecimento” (PQ4) e “muitas vezes o conteúdo é muito abstrato, com isso facilita a realização da prática” (PQ6). Denota-se a importância desse tipo de atividade no ensino, propiciando condições para que o aluno vivencie situações de aprendizagem, e que, na opinião dos professores, esta desperta a curiosidade, o interesse e a motivação dos alunos nas aulas. Referente às dificuldades encontradas pelos professores, constata-se o excesso de alunos por turma, falta de tempo para planejamento, falta de espaço específico e de materiais. De acordo com o relato do professor (PQ6) “são muitos alunos e o laboratório é pequeno. A prática tem que ser bem planejada e esse planejamento precisa de tempo, que muitas vezes não possuo”. Há um entendimento de que a atividade prática deve ser realizada com um propósito específico, devidamente planejada, que venha a possibilitar discussões viabilizando a aprendizagem, e não se detendo em distrair o aluno ou tirá-lo da aula rotineira. Ante as diversas limitações, a professora PQ3 afirma que “a falta de recursos (...) não impossibilita a realização de certas atividades”, pois há a possibilidade de utilizar materiais alternativos e de baixo custo em experimentos previamente selecionados, não incorrendo a riscos aos participantes envolvidos. No entanto, PQ4 relata “com os estagiários (da licenciatura) e o suporte do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência) fico mais motivada, eles auxiliam e colaboraram muito”. Nessa escola, ações vêm sendo desenvolvidas pelo PIBID no sentido de compreender a prática pedagógica e interferir na mesma, de modo a contribuir em suas aulas. Conclusões Há entendimento consensual entre os professores sobre a importância e desenvolvimento de atividades experimentais, como possibilidade de promover a compreensão do conhecimento num processo de ensino e aprendizagem. Mesmo ante a dificuldade de recursos para realização da experimentação, percebe-se que há uma iniciação deste tipo de prática na escola e uma tendência de ampliação desta, influenciada pelas ações dos bolsistas do PIBID.  ____________________ 1SANTANA, J. C.; SANTOS, C.; CARVALHO, L. C. A Experimentação no Ensino de Química e Física: concepções de professores e alunos do ensino médio. In: Anais do V Colóquio Internacional “Educação e Contemporaneidade”, São Cristovão, SE, 2011.  2GIORDAN, M. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, n. 10, 1999, p.43-46. 

Concepções de Professores do Ensino Médio sobre Atividades Experimentais em Química

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