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Prevenção do suicídio: fatores de risco e intervenção

Abstract

É objetivo deste trabalho facilitar o reconhecimento dos fatores de risco de suicídio por parte dos profissionais de saúde, facilitando a intervenção a este nível e consequentemente diminuindo a sua incidência. Em termos metodológicos foram efetuadas consultados de dados e investigações em diversas organizações nacionais e internacionais e pesquisa bibliográfica. Suicídio é quando um individuo termina com a vida de forma intencional, independentemente da perspetiva analítica da religião, da filosofia e do direto. Através da análise dos registos sobre o suicídio em Portugal entre 1902 e 2011, constatámos a existência de uma tendência crescente do número de casos de óbito por suicídio, com exceção do período compreendido entre 1985 e 2000. Variando o seu número entre 236 óbitos por suicídio em 1902 e 1012 casos em 2011. Conscientes da provável existência de uma subnotificação dos suicídios em Portugal, relacionado por um lado á não existência de um sistema efetivo que permita o registo imediato da ocorrência e por outro a não contabilização das mortes violentas indeterminadas como suicídio provável (OSPI-EUROPE). Além de que destes registos não fazem parte as tentativas de suicídio mas não consumado. É de esperar, que a atual conjuntura económico-financeira venha a ter impactos muito significativos na saúde mental da população Portuguesa. Nestas circunstâncias o risco de suicídio tende a aumentar, consequência frequente do aumento da depressão, muitas vezes relacionada com a idade, com o isolamento, com o desemprego, com o estado de saúde e com a existência de tentativas prévias de suicídio. Várias são as organizações internacionais e nacionais, que têm mostrado preocupação relacionada com esta problemática, tendo desenvolvido já bastante trabalho e investigação neste campo. Alertando na sua globalidade para a importância da identificação precoce dos fatores e grupos de risco, indispensáveis à prevenção do suicídio. Pelo que se torna urgente e prioritário o diagnóstico multidisciplinar e multiprofissional da população de risco. Onde reforçamos a importância do papel dos profissionais em cuidados de saúde primários, pela sua ligação e conhecimento da comunidade e, porque são considerados elementos de excelência no desenvolvimento de cuidados de saúde de proximidade, contribuindo desta forma para a promoção da saúde da comunidade

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