Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro
Abstract
Fundamentos: Durante o pós-operatório da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM), o repouso prolongado no leito aumenta a possibilidade de ocorrer complicações sistêmicas decorrentes do imobilismo. Objetivo: Verificar o comportamento das variáveis hemodinâmicas e no pico de fluxo expiratório (peack flow) em pacientes idosos, em pós-operatório de CRM submetidos a três tipos diferentes de intervenção fisioterapêutica. Métodos: Estudados 30 idosos estratificados em três grupos: Grupo A - mobilização com cicloergômetro; Grupo B - mobilização sem uso do cicloergômetro, mas com fisioterapia e Grupo C - sem qualquer mobilização, mas com ventilação não invasiva (VNI), sendo analisados o comportamento da frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (PA), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e pico de fluxo expiratório (peack flow). Para a variação dos resultados intragrupos, nas fases pré e pós-teste utilizou-se o teste de Wilcoxon; para a comparação intergrupos nas fases pré e pós-teste utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis. Considerou-se significância estatística p<0,05.Resultados: Observou-se aumento significativo para os valores peack flow em todos os grupos (pré e pós-teste); redução significativa da PAS no grupo A, aumento da FC e da FR no grupo B (pré e pós-teste). Na análise intergrupos, observou-se redução da PAD no grupo C, com significado estatístico. Conclusões: As variáveis hemodinâmicas se comportaram dentro do esperado, evidenciando que o exercício físico é seguro em pacientes idosos revascularizados no ambiente de cuidados intensivos. Devem ser tomados cuidados quanto ao uso de pressões positivas na VNI, por suas implicação com o débito cardíaco e, consequentemente com a PAD