research

As boas práticas do enfermeiro especialista de saúde materna e obstetrica transmitidas à puérpera

Abstract

Os enfermeiros enquanto prestadores de cuidados têm competências específicas. O período em que a puérpera se encontra hospitalizada é o momento ideal para que o Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia promova a saúde da mulher. Eles asseguram os cuidados especializados no contexto onde as utentes se encontram, contribuindo para a satisfação das mesmas; visando capacitar para as boas práticas nos cuidados ao recém-nascido, na amamentação e autocuidado para quando da alta. O uso das informações que compõem as recomendações para as boas práticas, promovem a qualidade dos cuidados e a segurança dos pacientes e dos trabalhadores da área da saúde. A satisfação é entendida como o resultado da avaliação que a utente faz das suas necessidades. Analisar a satisfação das puérperas face às boas práticas da técnica do banho ao recém-nascido, da amamentação e do autocuidado. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal com uma amostra de 50 puérperas internadas no serviço de Obstetrícia da Unidade Local de Saúde Nordeste. A colheita de dados foi realizada pelos investigadores no período de fevereiro a março de 2013, no terceiro dia de permanência das puérperas no serviço. Foram critérios de inclusão: puérperas internadas, motivo do internamento ser o parto, período de internamento não inferior a três dias. Foram consideradas boas práticas os cuidados prestados às puérperas relativamente a: técnica do banho ao recém-nascido, técnica da amamentação e autocuidado. Cada uma destas técnicas engloba um conjunto de itens sobre os quais a puérpera manifesta a sua satisfação com a explicação e a informação dada pelo enfermeiro. Os dados foram recolhidos por questionário e analisados no programa SPSS. Foi obtido parecer da Comissão de Ética e autorização ao Conselho de Administração da Unidade de Saúde para o desenvolvimento da investigação. Resultados: A totalidade das utentes informou ter recebido explicação acerca da técnica do banho do recém-nascido, disponibilizada pelo enfermeiro, e estar satisfeita com essa informação. Praticamente a totalidade das mulheres 98% informou ter recebido explicação acerca da técnica da amamentação e 4% não está satisfeita com a informação recebida. Em relação ao autocuidado 90% das utentes informou ter recebido explicação acerca do autocuidado e 12% está insatisfeita com a informação fornecida. Em cada um dos itens constituintes da respetiva técnica, houve alguns que as mulheres entenderam não terem sido explicados. Relativamente à técnica do banho, os aspetos não explicados, com uma representação de 2%, cada, foram: a lavagem do coto umbilical e o segurar o coto pelo clamp. Na explicação da técnica da amamentação, os aspetos não explicados, com uma representação de 8% cada, foram: o saber qual a mama que deve iniciar a mamada e saber que deve oferecer uma mama em cada mamada; e os que contabilizaram 10% cada, foram: o reconhecimento dos sinais de uma amamentação eficaz e a duração e periodicidade que o bebé deve mamar. No autocuidado após o parto houve uma variação nos aspetos não explicados, com valores entre 6% a 11%, realçando os itens sobre as caraterísticas dos lóquios, o aplicar toalhas frias nas mamas após as mamadas para reduzir o ingurgitamento. Conclusões: As puérperas consideraram que a explicação sobre a técnica do banho ao recém-nascido, da amamentação e do autocuidado, disponibilizada pelo enfermeiro especialista, é menos satisfatória do que a informação acerca dessas técnicas

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