research

Serão as comunidades zooplanctónicas boas indicadoras da degradação ambiental em albufeiras? O caso da Albufeira da Aguieira

Abstract

A Diretiva Quadro da Água (2000/60/CE) transposta para o Direito Intemo português pela Lei n° 58/2005 tem como objetivo que os ecossistemas aquáticos atinjam o bom estado ecológico. Para tal prevê a monitorização não só de parâmetros ambientais mas também de várias comunidades bióticas: fitoplâncton. macrófitas aquáticas, macro-invertebrados e peixes. Inexplicavelmente a monitorização do zooplâncton não é contemplada por esta legislação. apesar das interações que estas espécies estabelecem com os níveis inferiores e superiores das reias alimentares e da sua sensibilidade e rápida resposta às variações ambientais. factores que as tomam excelentes "sentinelas" de eventuais alterações na qualidade da água e na integridade ecológica das albufeiras. No presente trabalho são analisadas as respostas da comunidade zooplanctónica às variações sazonais da qualidade da água e da integridade ambiental na Albufeira da Aguieira (Bacia elo Mondego. latitude 40° 20' 26.604" N: longitude 8° 11 ' 48 .15" W). Esta albufeira entrou em funcionamento em 198 I. destinando-se quase exclusivamente à produção hidroeléctrica. Durante o inverno e primavera é considerada meso-eutrófica. enquanto, no verão e no outono é classificada como eutrófica. ocorrendo t1utuações ele grande amplitude no nível da água e blooms de cianobactérias. Verificou-se que no inverno e primavera a comunidade zooplanctónica era dominada por organismos típicos ele sistemas pouco perturbados. No verão dominavam as espécies típicas de sistemas perturbados e degradados. Os resultados mostraram que a monitorização das comunidades zooplanctónicas fornece indicações válidas acerca do estado ecológico das albufeiras, podendo ser utilizadas para a tomada ele decisões ele gestão destes sistema

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