O comportamento biomecânico do osso e a avaliação da sua resistência dependem
das características estruturais e geométricas da espessura cortical [1]. De acordo com
estudos efectuados, a fractura do colo do fémur pode ocorrer no osso cortical sob efeito
de esforços à tracção [2, 3]. Para além disso, a espessura do osso cortical não é uniforme
e varia de acordo com a idade do indivíduo. É objectivo deste trabalho verificar a
influência da variação da espessura cortical na resistência biomecânica de modelos de
diferentes fémures.
Recorrendo ao tratamento e estudo de imagens médicas, obtidas por tomografia
computorizada, torna-se possível a utilização de técnicas avançadas de engenharia para
a medição e a determinação da espessura cortical em diferentes modelos anatómicos.
Essa avaliação pode ser efectuada com recurso a programas de tratamento de imagem e
a técnicas de processamento para a obtenção de modelos protótipos. Estas duas técnicas
permitirão registar valores da espessura cortical em diferentes zonas anatómicas nos
modelos em estudo.
A avaliação da resistência femoral será efectuada com o recurso à técnica de elementos
finitos, onde cada modelo em estudo será analisado para condições de carregamento
idênticas.
A metodologia proposta neste trabalho permitirá aferir as zonas mais susceptíveis à falha
mecânica nos diferentes modelos de fémures, verificando em simultâneo a influência
da espessura do osso cortical medida. O estudo proposto incide na análise de quatro
imagens médicas de fémures do género feminino com idades próximas (40, 41, 52 e
53 anos)