Apresenta-se no presente trabalho a avaliação psicométrica inicial da adaptação da SELSA-S de DiTommaso, Brannen e Best (2004) para a população portuguesa. Foram efectuados dois estudos. O primeiro estudo foi feito com 183 estudantes do ensino superior com uma média de idade de 21.63 anos (DP=3.43). Conjuntamente com a escala SELSA-S foram administradas outras escalas para avaliar a solidão global, a timidez, a sociabilidade, os sintomas psicológicos, a satisfação com a vida e a auto-estima. Tal como a versão original inglesa, a análise factorial extraiu três factores correspondentes às escalas de solidão social, solidão familiar e solidão romântica. As três escalas da SELSA-S revelaram uma elevada consistência interna. Os resultados apoiam a validade concorrente e convergente da SELSA-S. O segundo estudo foi feito com 179 idosos com uma média de idade de 73.05 anos (DP=6.95). A esta amostra foram administradas as escalas SELSA-S e a UCLA-R, bem como questões sociodemográficas e a avaliação subjectiva da saúde. Em prol da validade externa da SELSA-S verificou-se que a solidão social expressa pelos idosos de uma aldeia não comunitária era maior do que a expressa pelos idosos residentes numa aldeia comunitária (Rio de Onor). Os elementos apresentados salientam as qualidades psicométricas da SELSA-S, bem como a sua utilidade para a investigação