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Análise da diversidade genética de raças autóctones caprinas

Abstract

De todos os marcadores moleculares disponíveis, os microssatélites têm-se revelado os mais utilizados em estudos ligados à genética de populações. A popularidade destes marcadores relaciona-se com a sua densa distribuição ao longo do genoma, com a sua grande variabilidade, com o facto de terem uma herança co-dominante, não serem influenciados por factores ambientais, gozarem de neutralidade (possuem pouco ou nenhum valor de adaptação ou selecção) e serem facilmente amplificados por PCR, necessitando-se de quantidades ínfimas de DNA. Estando cientes da necessidade de preservar as nossas raças autóctones, uma vez que elas ocupam um importante lugar nos sistemas de produção natural e possuem várias implicações no meio rural. Revela-se de extrema importância todo o esforço para conhecermos as nossas raças tanto a nível produtivo como em termos genéticos. Assim para um conhecimento a nível genético foram recolhidas amostras de sangue em cinco raças autóctones portuguesas (Bravia, Serrana, Charnequeira, Serpentina e Algarvia) para além de duas raças exóticas (Saanen e Alpina). Após a amplificação de 23 microssatélites, a identificação dos alelos realizou-se mediante electroforese vertical em gel de poliacrilamida, em condições desnaturantes. A variabilidade encontrada entre as raças autóctones caprinas portuguesas foi semelhante e, em alguns casos, superior mesmo á encontrada entre raças autóctones de outros países. A análise de componentes principais, assim como a distância utilizada (Da), revelaram um afastamento das raças Bravia e Algarvia relativamente ao conjunto formado pela Serpentina, Charnequeira e Serrrana. Por outro lado, observou-se um afastamento nítido entre as raças Bravia e Algarvia. A análise dos dendrogramas revelou uma imprecisão no posicionamento das raças Bravia e Serrana e uma proximidade entre as raças Bravia e Charnequeira

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