Luiza Teixeira Santos Lima, Ana

Maciel da Silva, Iago

Mara da Silva Oliveira, Sandra

Menezes Ferreira, Wendel

Ribeiro dos Santos, Marizângela

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012.  EI  Ensino de Química para Deficientes Auditivos e Surdos: comparação de metodologias didático-pedagógicas Marizângela Ribeiro dos Santos (IC)*1, Sandra Mara da Silva Oliveira(IC)*1, Ana Luiza Teixeira Santos Lima(IC)*1, Iago Maciel da Silva(IC)*1, Wendel Menezes Ferreira (PQ)1 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, 46430-000, Guanambi-BA, Brasil; *maridinda@hotmail.com Palavras Chave: Ensino de Química, Didática e Surdos. Introdução      Inúmeros são os desafios da educação, pois além de ensinar é preciso despertar em cada indivíduo o desejo de mudança de comportamento diante das necessidades da sociedade atual. Entretanto, o maior desafio é ter uma educação de qualidade que integre todas as possibilidades de comunicação entre os seres humanos.      Segundo Skliar1, pode-se observar o brilho no olhar de uma pessoa surda quando ela consegue se comunicar e compreender o mundo em que vive. Para reafirmar este pensamento de Skliar foram aplicadas três metodologias diferentes em relação ao mesmo conteúdo (Substâncias Puras e Misturas) nas aulas de Química em uma turma do 1º Ano A do Colégio Estadual Idalice Nunes da cidade de Guanambi - BA.      Na primeira semana ministrou-se uma aula expositiva. Os alunos ouvintes acompanhavam a aula pela exposição da professora e os Deficientes Auditivos (DAs) e Surdos por meio da tradução da intérprete do português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Na segunda semana, optou-se por uma aula experimental demonstrativa com materiais usados no cotidiano em oposição aos reagentes químicos usado comumente nos laboratórios. Na terceira semana realizou-se uma aula, no laboratório de informática, utilizando-se um programa que permite construir estruturas de moléculas. Ao final de cada aula foi aplicada uma atividade de verificação da aprendizagem com a presença da intérprete para posterior avaliação de aprendizagem. Essas três atividades possuíam 12 questões discursivas que traziam imagens ilustrativas de substâncias para identificação de seus tipos (pura e mistura) e seus métodos de separação. E, ainda, 8 questões de múltipla escolha cuja resolução baseia-se na interpretação de pequenos textos para posterior compreensão do conteúdo trabalhado.Este trabalho teve, portanto, o objetivo de verificar qual metodologia didático-pedagógica melhor se aplica ao ensino de alunos deficientes auditivos e surdos em salas de aula inclusivas. Resultados e Discussão      Após a correção das três atividades aplicadas ao final das aulas, pode-se perceber que os alunos ouvintes tiveram um desempenho melhor do que o dos DAs na primeira atividade, com índice de acertos de 76% para os ouvintes e de 48% para os surdos e de Das. Já na segunda e terceira atividades, os Das e surdos apresentaram um desempenho muito mais significativo em relação aos ouvintes, demonstrando um nível de abstração e de compreensão visual bastante acentuado com 87% de acertos contrapondo os 63% dos acertos dos ouvintes. E na terceira atividade, o nível de compreensão foi bastante próximo, mas os surdos e DAs ainda obtiveram desempenho superior com 92% de acertos e os ouvintes com 89,7% de acertos.       Verificou-se que um dos problemas para uma melhor compreensão da aula expositiva, a falta de sinais que indicassem termos específicos químicos e palavras utilizadas no contexto da Química. Outro entrave, revelado por Silva2 (2004), diz respeito ao fato dos docentes de química precisarem conhecer, além do conteúdo químico, aspectos ligados a libras, para não depender somente dos intérpretes, que não possuem uma formação quanto à química, dificultando ainda mais a aprendizagem. Que ocorre quando uma nova informação ancora-se a conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz, mas o conhecimento químico por si só, já é dotado de simbologias, significados e linguagens próprias, necessitando assim de um conhecimento um pouco mais aprofundado remetendo dificuldades além das cotidianas ao trabalho do intérprete. Conclusões      Sendo assim, é de suma importância que o educador esteja atento ao fato de que o contexto escolar que possui ações pedagógicas voltadas para os DAs e surdos deve aliar as metodologias tradicionais às novas propostas de construção com um aprendizado que transforma o conhecimento original em ações, obtendo um ensino de qualidade e realmente inclusivo. Conclui-se, portanto, que o sistema de inclusão de alunos surdos ainda possui lacunas e para que sejam preenchidas o professor deve ser o principal colaborador, assumindo a responsabilidade de desenvolver meios que garantam a construção do conhecimento. __________________ 1 Skliar, Carlos (org) A Surdez: Um olhar sobre as diferenças. Porto alegre: Mediação. 1998 2° edição Porto alegre, 2001.  2 Silva, C.R. O ensino de química para alunos surdos na rede pública do Distrito Federal. 2004. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Química) – Universidade de Brasília, 2004. 

Ensino de Química para Deficientes Auditivos e Surdos: comparação de metodologias didático-pedagógicas

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