B. Z. Sá, Marilde

da C. Cedran, Jaime

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileir a de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bah ia (IQ/UFBA)   XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENE Q) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Edu qui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012.   (Formação de Professores de Química) A avaliação do erro por alunos de licenciatura em q uímica: um instrumento de (re)elaboração de estratégias. Marilde B. Z. Sá 1(PG)*, Jaime da C. Cedran 1 (PG)*, mari.zorzi@hotmail.com   1-Universidade Estadual de Maringá. Av.Colombo, 5790 - Campus Universitário. CEP: 87020-900. Maringá, Paraná Palavras-Chave: Erro, Avaliação, Processo. Introdução A avaliação é um processo e um instrumento a serviço da aprendizagem, sendo assim, deve ter sentido de portadora de uma renovação na forma de se pensar a aprendizagem de modo mais individualizada e contínua1. O modo de avaliar um estudante durante seu processo de construção de conhecimentos depende das habilidades específicas a conhecer e do referencial teórico dos professores2. Nesse sentido o presente trabalho teve por objetivo levantar concepções de licenciandos sobre o papel do erro na sala de aula bem como conhecer as posturas destes estudantes diante de uma situação de ensino no qual seu aluno não responde adequadamente uma questão proposta. Pretendia-se com esse trabalho que os licenciados pudessem refletir sobre o erro na sala de aula, bem como sua utilização como ferramenta de ensino. Para isso, a coleta de dados ocorreu em turmas de terceiro e quarto anos do curso de Licenciatura em Química. Cada licenciando recebeu uma atividade de avaliação contendo uma questão resolvida (que continha erros) por um aluno de primeira série do Ensino Médio.  Os acadêmicos deveriam realizar a correção e a seguir preencher um questionário referente à mesma esclarecendo se a questão havia sido considerada totalmente correta, parcialmente correta ou incorreta; se, ao analisar a atividade poderiam considerar a aprendizagem do aluno como ruim, razoável, boa ou ótima, e também escrever sobre o tipo de intervenção que fariam em sala de aula. Além disso, deveriam se manifestar a respeito de como esses erros poderiam sugerir encaminhamentos ao professor no que tange ao processo de ensino e de aprendizagem.  Resultados e Discussão Durante o processo verificou-se grande insegurança por parte dos Licenciandos que estavam receosos quanto aos seus próprios critérios de correção. Analisando as respostas obtidas, verificamos que não aparece nenhuma sugestão de como proceder diante de erros cometidos pelos alunos de maneira a tornar esse erro auxiliar nas ações pedagógicas dos professores. A grande preocupação dos acadêmicos centrou-se em verificar se o exercício estava resolvido de maneira correta, caso contrário, como deveria ter sido resolvido. Os Licenciandos não compreenderam que o foco deve ser a aprendizagem do aluno e não apenas a resolver corretamente atividades propostas e que os erros cometidos pelo estudante ao realizar essas atividades poderiam sugerir possíveis estratégias que auxiliem na construção de conhecimentos e que tornem a prática pedagógica mais adequada e reflexiva compreendendo que o erro deve ser utilizado de forma a contribuir para uma nova postura do professor no que se refere a ações didático-pedagógicas, sendo esse, auxiliar em um processo de renovação dessas ações. Conclusões Partindo-se da análise de resultados, nos questionamos sobre as ações que nós, professores da Licenciatura devemos implementar para que os Licenciandos compreendam o papel do erro no processo de ensino e de aprendizagem. Como sugestões elencamos: leitura e discussão de referenciais teóricos que tratem da importância do erro no processo de ensino e de aprendizagem e que orientem para ações concretas no fazer pedagógico dos futuros professores; abordagens de diferentes estratégias de ensino que possibilitem ao Licenciando mais opções na prática docente; correções coletivas de  avaliações com discussões que visam maior compreensão do erro e de ações para tratá-lo tornando-o conhecimento construído; discussões de experiência vivenciadas durante o estágio de observação e regência, sendo realizada então análises das práticas de diferentes professores em relação ao tratamento do erro em sala de aula; simulações de situações de ensino em que os Licenciandos atuem como professores para os demais colegas e se posicionem diante de diferentes situações em que erros estejam envolvidos proporcionando a seguir, uma discussão entre o grande grupo de possíveis ações que possibilitem tratar o erro de forma a auxiliar na aprendizagem dos alunos. Ressaltamos novamente que, o erro deve ser considerado instrumento a favor da aprendizagem e não empecilho ao processo de construção de conhecimentos, sinônimo de fracasso, de insucesso, de dificuldade de aprendizagem e de baixo aproveitamento dos alunos.  Agradecimentos A UEM e aos alunos que participaram da pesquisa ____________________ 1ASTOLFI, J. P. et al; As Palavras-Chave da Didática das Ciências. Lisboa: ed. Piaget, 2002. 2KAMI, Constance. Aritmética: Novas Perspectivas – Implicações da Teoria de Piaget. Campinas: ed. Papirus, 4ª edição, 1995.  

A avaliação do erro por alunos de licenciatura em química: um instrumento de (re)elaboração de estratégias

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