Eunice R. Marcondes, Maria

H. Akahoshi, Luciane

L. de Souza, Fabio

M. Chaar, Maiassa

M. de A. Teixeira, Luciana

Romano, Mariana

V. de Lima, Angélica

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)  XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Especificar a Área do trabalho (EF) “Tem Química na cozinha?” – Elaboração e aplicação de uma Oficina Temática para divulgação científica Maria Eunice R. Marcondes1(PQ)*, Fabio L. de Souza2(PG), Luciane H. Akahoshi3(PG), Angélica V. de Lima (IC), Mariana Romano (IC), Maiassa M. Chaar (IC), Luciana M. de A. Teixeira (IC). 1mermarco@iq.usp.br, 2fsouza@iq.usp.br, 3luhoshi@iq.usp.br  Palavras-Chave: divulgação científica, cozinha, experimentação. Introdução Pesquisas apontam que conteúdos abordados através de temas, contextualizando conceitos de ciência e tecnologia, podem favorecer uma alfabetização científica e tecnológica (ACT). 1, 2 A educação científica em ambientes formais ou informais configura uma estratégia para estimular o desenvolvimento de valores e conhecimentos que desperte no cidadão a consciência sobre suas responsabilidades sociais e seu o compromisso com o destino da nação. 3 Com esta perspectiva, o GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação Química, Instituto de Química da USP – propõe como estratégia de divulgação científica a aplicação de “Oficinas Temáticas”. Para isso, selecionam-se temas que possibilitem a discussão de situações relacionadas à ciência e tecnologia que sejam próximas dos estudantes. Assim, o tema “Química na cozinha” apresenta potencial para desenvolver conteúdos científicos por ser familiar aos alunos. Esse trabalho apresenta a contribuição da oficina para a ACT científica do estudante, desenvolvendo habilidades cognitivas e atitudes de valorização do conhecimento. Além disso, representa um espaço de interações sócio-cognitivas que contribuem para a melhor compreensão do mundo físico e para o exercício da cidadania. Resultados e Discussão Após pesquisas bibliográficas e discussões no grupo, foram selecionados assuntos ligados ao tema da oficina e elaborados ou adaptados os experimentos: 1) comparação entre os fermentos químico e biológico: os alunos identificam a produção de CO2 pela reação com água de cal e discutem-se os fatores que favorecem a ação dos fermentos; 2) mistura refrigerante de gelo e sal: os alunos medem e observam a variação de propriedades da água (abaixamento da temperatura de fusão e diminuição da densidade na solidificação da água); 3) acidez do molho de tomate: é testada a acidez de molho de tomate antes e após a adição de açúcar e bicarbonato de sódio; 4) condutibilidade elétrica de alimentos crus e cozidos: os alunos testam a condutibilidade elétrica de água antes e após o cozimento de batata. 5) corantes em refrigerantes: o aluno filtra uma mistura de refrigerante colorido com carvão ativo. Na aplicação da oficina em um laboratório didático do IQ-USP, os estudantes são divididos em 8 grupos, geralmente com 5 integrantes. A oficina segue as seguintes etapas: levantamento dos conhecimentos dos estudantes sobre o tema; apresentação das normas de segurança no laboratório; realização dos experimentos sob a orientação de monitores; discussão dos resultados obtidos, com a elaboração de explicações científicas e a contextualização dos assuntos tratados. Procura-se assim, elucidar alguns dos princípios científicos envolvidos em atividades cotidianas tais como preparar um bolo ou cozinhar legumes. Numa aplicação piloto realizada com 2 turmas de ensino médio (79 alunos), os alunos avaliaram os experimentos e as explicações realizados (Tab. 1).  Tabela 1. Experimentos preferidos e explicações mais esclarecedoras na perspectiva dos estudantes. Experimentos 1 2* 3 4* 5 Experimentos Preferidos 10 10 1 26 27 Explicações mais esclarecedoras 35 0 4 1 26 * O 2 só foi realizado na 1ª turma e o 4 na 2ª turma. Conclusões As “Oficinas Temáticas” têm se mostrado uma boa ferramenta a ACT, pois proporcionam aos alunos o desenvolvimento de habilidades cognitivas que lhes permitem compreender a importância do saber científico e sua contextualização no cotidiano. O tema “Química na cozinha” parece auxiliar no estabelecimento da relação entre conhecimento científico e saberes populares. Agradecimentos PRCEU-USP, IQUSP, escolas participantes, funcionários Maria Nilza do Amaral e Maria Perpétua B. M. Araújo. ____________________ 1 GONZÁLEZ, C. V. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, v. 1, n. 3, 2004, p. 214-223. 2 RICARDO, E. C. Problematização e Contextualização no Ensino de Física. In: CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (Org.). Ensino de Física. São Paulo: Cengage Learning, 2010, p. 29-51. 3 ACEVEDO-DÍAZ, J. A. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, Cádiz, v. 01, n. 01, 2004, p. 3-16. 

“Tem Química na cozinha?” – Elaboração e aplicação de uma Oficina Temática para divulgação científica

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