Antônio de Oliveira Barros Filho, Célio

Cristina Silva, Érivan

de Paula Cândido, Renata

R. Echeverría, Agustina

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (IQ/UFBA)   XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X Eduqui) Salvador, BA, Brasil – 17 a 20 de julho de 2012. Formação de Professor (FP)  Um Grupo de Estudos entre alunos ingressantes (calouros) e veteranos na perspectiva dos veteranos  Érivan Cristina Silva1(IC) *, Renata de Paula Cândido1(IC), Célio Antônio de Oliveira Barros Filho1 (IC) Agustina R. Echeverría¹ (PQ) 1- UFG- Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química,Campus Samambaia. *erivacris@hotmail.com Palavras-Chave: Grupo de Estudos, relato. Introdução Os Grupos de Estudos entre calouros e veteranos (GE) é uma proposta de formação em andamento no IQ-UFG desde 2005. O baixo desempenho dos alunos nas provas de seleção para o mestrado, muitos deles ex-alunos do Instituto de Química, levou os professores a propor a criação de grupos de estudos entre estudantes ingressantes (calouros) e veteranos com o objetivo de promover a discussão conceitual na universidade, identificar dificuldades de aprendizagem dos alunos calouros e analisar a aprendizagem que acontece nesse ambiente de discussão entre pares (ECHEVERRÍA; BENITE; SOARES, 2010). Portanto tal grupo se configura como espaço alternativo de formação acadêmica e proposta que visa atender as necessidades de uma formação complementar. Por ser um projeto importante para o IQ-UFG o GE tem sido campo de investigação desde sua criação e resultou em trabalhos de IC, dissertações de mestrado defendidas, artigos e trabalhos publicados e em andamento. Este trabalho apresenta um breve relato das experiências dos veteranos que participaram do GE durante o ano de 2009. Da sua criação, em 2005, até julho de 2009 a participação dos alunos era totalmente voluntária, entretanto de agosto a outubro de 2009, os professores do Instituto de Química, com o intuito de incentivar a participação dos ingressantes vincularam parte da nota de uma disciplina à freqüência desses alunos nas reuniões. Esta decisão foi posteriormente revista, pois alterou características fundamentais do grupo, tal como a liberdade de participar nele, ou não.             Resultados e Discussão Naquele momento, nós veteranos tínhamos que desenvolver um projeto de pesquisa para realizarmos a monografia de final de curso, e nos foi apresentado o GE pelo qual nos interessamos de imediato, pois compreendíamos a importância da discussão conceitual e já estávamos certos que esta é uma das deficiências de nossa formação. Dessa forma víamos que a iniciativa poderia contribuir para melhorias na formação inicial.  Durante todo o tempo de trabalho tivemos grande dificuldade de estabelecer discussões conceituais aprofundadas e consistentes. Essa dificuldade deveu-se, também, ao fato de nós mesmos não termos esses conceitos completamente formados em nossa estrutura cognitiva.  Outra grande dúvida que sempre nos cercou foi referente à melhor metodologia a ser adotada, de dar ou não respostas, fazer ou não correções. Pois como indivíduos mais experientes naquela cultura deveríamos apresentar aos calouros as ferramentas culturais da ciência que são os conceitos, os símbolos e seus modelos, Driver et al.(1999),mas queríamos discutir as concepções prévias e instigar a reflexão assim muitas vezes  nos perdemos nas problematizações propostas e não avançamos na elaboração conceitual. A vinculação de nota dos calouros à participação no GE gerou insegurança nos veteranos, por acreditarmos que perderíamos características importantes do GE, como já dito. E quanto aos calouros percebemos que quando a participação era voluntária eles se engajavam mais na atividade, enquanto que no segundo semestre muitos estavam ali apenas por acharem que era uma forma fácil de ganhar nota e pouco se empenhavam nas discussões, chegando muitas vezes a atrapalhá-las. Assim além de inseguros, em alguns momentos ficamos desmotivados. É inegável que durante todo aquele ano tivemos discussões muito interessantes e isso foi de grande contribuição para os calouros. Contudo, entendemos que, do ponto de vista conceitual, esta é uma experiência extremamente mais enriquecedora para os veteranos, pois a responsabilidade de preparar as reuniões, bem como conduzir as discussões era nossa, o que fez com que intensificássemos a busca pelo entendimento dos conceitos. Durante esse período estudamos muito os conceitos básicos de química, e embora tenhamos plena convicção que não os dominamos em sua completude, avançamos muito se comparado ao início da atividade. Conclusões A atuação no GE foi trabalhosa e demandou muita dedicação, mas resultou em muitas mudanças de concepções; crescimento acadêmico e tomada de consciência da importância do diálogo, da problematização e da discussão para a construção da universidade que almejamos, mais crítica e que promova novas relações com o saber. ___________________ DRIVER, R. et al. Construindo Conhecimento Científico na Sala de Aula. Química Nova na Escola, n. 9, p. 31-40, 1999. ECHEVERRÍA, A.R.; BENITE, A.M.C.; SOARES, M.H.F.B.; A Pesquisa na Formação Inicial de Professores de Química – A experiência do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás. In: ECHEVERRÍA, A.R.; ZANON, L.B. (Org.). Formação Superior em Química no Brasil: Práticas e Fundamentos Curriculares.Ijuí: Ed. Unijuí, 2010, p.25-46.  

Um Grupo de Estudos entre alunos ingressantes (calouros) e veteranos na perspectiva dos veteranos

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